O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, pediu nesta sexta-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão das eleições previstas para o dia 25 de maio, que devem escolher o novo presidente da entidade.

Pedido ocorre após decisão judicial que o afastou da presidência

O pedido foi feito um dia após Ednaldo ser afastado do cargo por determinação do desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). A decisão levou em conta denúncia de falsificação de assinatura do ex-vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima em um acordo homologado pelo próprio STF.

Defesa alega risco de nulidade do pleito

A defesa argumenta que o STF marcou para o dia 28 de maio o julgamento definitivo sobre a legalidade dos acordos firmados entre o Ministério Público e entidades esportivas. Segundo os advogados, o resultado pode afetar diretamente a eleição da CBF, e por isso, o pleito deveria ser adiado.

“A realização de novo pleito apenas três dias antes do julgamento definitivo desta Corte representa, portanto, não apenas afronta à autoridade jurisdicional do Supremo Tribunal Federal, mas sobretudo grave risco de nulidade superveniente, com consequências institucionais irreparáveis”, diz o documento enviado ao STF.

O pedido foi protocolado junto ao ministro Gilmar Mendes, relator da ação que analisa o retorno de Ednaldo Rodrigues à presidência. Ainda não há data para decisão.

Eleições foram convocadas por interventor

Mais cedo, o vice-presidente e interventor da CBF, Fernando Sarney, confirmou a convocação das eleições para o próximo dia 25, seguindo decisão do TJRJ.

Entenda o caso

Em fevereiro de 2024, Gilmar Mendes homologou um acordo entre a CBF, dirigentes e a Federação Mineira de Futebol (FMF), encerrando a disputa judicial sobre a eleição de Ednaldo. O documento previa uma nova eleição, vencida por ele.

Contudo, a validade desse acordo foi questionada por ex-vice-presidentes da entidade, que perderam seus cargos no processo. Em dezembro de 2023, o TJRJ entendeu que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2022 era ilegal. Isso levou à anulação da eleição e ao afastamento de Ednaldo, posteriormente revertido por liminar do STF.

Agora, o julgamento marcado para o dia 28 pode definir o futuro da presidência da CBF.

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