Após ser preso na manhã desta quinta-feira (12), Antônio Marcio Silva de Castro, suspeito de matar a tiros a ex-companheira Manuella Sabrina Barros e o novo namorado dela, Victor Hugo, foi cercado por familiares revoltados. Eles tentaram agredi-lo enquanto ele era retirado da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) e levado para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), em Manaus.

Parentes das vítimas aguardavam do lado de fora da delegacia, gritando palavras como “assassino” e “covarde”. Veja vídeo no final desta reportagem.

Revolta durante transferência

Durante a condução de Antônio, familiares do casal tentaram agredi-lo. Sob gritos de revolta, eles questionavam o suspeito sobre o motivo do duplo homicídio.

Homens foram contidos por investigadores para impedir que avançassem sobre Antônio enquanto ele era levado para uma viatura.

Crime foi motivado por ciúmes, diz polícia

Segundo a delegada Marília Campello, coordenadora do Núcleo de Combate ao Feminicídio (NCF), o crime foi planejado e motivado por ciúmes.

Antônio não aceitava o fim do relacionamento com Manuella, que havia começado a namorar Victor Hugo recentemente.

“Inconformado, Antônio foi até a casa onde a jovem vivia com o novo companheiro e efetuou diversos disparos de arma de fogo contra as vítimas. O crime aconteceu na frente da filha de 4 anos do casal”, explicou a delegada.

Suspeito preso pela Delegacia de Homicídios

Antônio foi preso pela DEHS na manhã desta quinta-feira (12). Até o momento, a polícia não divulgou o local da prisão nem como descobriu o paradeiro do suspeito.

Histórico de ameaças e medidas protetivas canceladas

Manuella havia denunciado o ex-companheiro por ameaças de morte em 2023 e solicitado medidas protetivas. No entanto, durante o processo judicial, ela pediu o cancelamento dessas medidas.
Importância da manutenção das medidas protetivas

A delegada Marília Campello alerta sobre a importância de manter as medidas protetivas ativas para evitar casos graves como este.

“Não digo isso para culpar a vítima, que jamais tem culpa. Mas é importante alertar outras mulheres para que, ao denunciarem, não revoguem as medidas protetivas. Sabemos da pressão que sofrem, mas essas medidas podem prevenir crimes mais graves, como o feminicídio”, reforçou.

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