Manaus (AM) – Mesmo com o período de chuva, as obras do sistema de abastecimento de água avançam na comunidade Ebenézer, localizada à margem esquerda do rio Negro, zona rural de Manaus.
Compromisso do governador Wilson Lima, a nova estrutura distribuirá água potável para mais de 130 famílias que vivem na área, boa parte delas sem acesso à água encanada e tratada.
O investimento totaliza R$ 1.311.949,49, executado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana (Seinfra).
O projeto contempla a construção de um poço com 100 metros de profundidade, além de um reservatório capaz de armazenar 64 mil litros de água com casa de cloração química.
O objetivo é criar uma rede de distribuição com 3,2 quilômetros e instalação de hidrômetros em todas as residências.
“Vai ser de suma importância para a comunidade. Além de trazer água potável para toda a população, eles vão ter condições de ter água na sua casa. Antigamente a comunidade vinha buscar água num chafariz, e as casas mais distantes ficam a cerca de 1,5 quilômetro de distância do chafariz, então é muita dificuldade para as pessoas terem água limpa e potável perto de sua casa”, destacou Felipe Aquino, fiscal da Seinfra.
Conforme a Seinfra, pelo menos 575 habitantes da comunidade Ebenézer serão beneficiados diretamente após a conclusão da obra, prevista para ser entregue no segundo semestre de 2022.
Dificuldades
Cerca de 130 famílias residentes na comunidade Ebenézer trabalham na agricultura familiar e no extrativismo, sendo que a maioria ainda vivencia dificuldades para consumir água limpa e de boa qualidade.
O presidente da comunidade, o agricultor Francisco Quirino Pereira, 68, conta que os moradores dispõem de apenas um local de abastecimento, mas que não é suficiente para atender pessoas com algum tipo de limitação.
“No poço artesiano tem o chafariz, e o pessoal vai pegar em um carrinho de mão com as garrafas. Mesmo assim é difícil porque a maioria dos moradores daqui são pessoas idosas. É difícil andar no sol quente porque o verão aqui é brabo. Andar no sol quente com o carrinho cheio d’água lá do chafariz até a casa dele fica difícil”, afirmou Francisco.
A aposentada Fátima Souza, de 67 anos, vive há dois anos na comunidade Ebenézer. A idosa é uma das poucas moradoras com água encanada, no entanto, assim como todos os habitantes da área, ela também já sofreu para garantir água dentro de casa.
“Tínhamos que pegar garrafas e ir no posto da escola pegar água e trazer num carrinho empurrando. O meu ‘velho’ vinha com o carrinho e eu vinha com duas ou três garrafas na mão para reservar, beber e cozinhar. Tem muita gente que ainda não tem água, mas creio que eles vão conseguir. Vai ser bem melhor com a rede porque todo mundo precisa de água, é o líquido precioso que Jesus nos deu. Deus abençoe o projeto das pessoas que estão fazendo isso e que tudo dê certo”, disse Fátima Souza.
*Com informações da Agência Amazonas
Edição Web: Bruna Oliveira
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