Um homem apontado como líder de uma quadrilha foi preso durante a operação “Véu de Areia”, deflagrada na manhã desta terça-feira (5) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), com apoio da Polícia Civil.

Segundo o MP, ele já se encontrava custodiado e também foi alvo de mandado de busca e apreensão, com o objetivo de reunir provas complementares sobre a atuação da quadrilha.

A organização criminosa é investigada pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, lavagem de capitais e associação criminosa. De acordo com o Gaeco, o grupo lavava dinheiro do tráfico por meio de empresas de fachada, imóveis e veículos de luxo, com ramificações fora do Amazonas, incluindo os estados do Pará, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e São Paulo.

A operação resultou na denúncia de 11 pessoas, no bloqueio judicial de 18 imóveis e no sequestro de valores em contas bancárias e empresas dos investigados, totalizando mais de R$ 10 milhões. Segundo o Gaeco, o objetivo das medidas é impedir a dissipação do patrimônio obtido de forma ilícita.

“É preciso dizer que o processo corre em sigilo de Justiça e só ao final poderemos falar em condenação ou absolvição. Neste momento, somente a pessoa apontada como líder da organização foi presa, mas todos os denunciados também podem ser, a depender do andamento da investigação”, afirmou a promotora de Justiça Priscila Pini, integrante do Gaeco.

A procuradora-geral de Justiça, Leda Mara Albuquerque, deu apoio total à operação, que contou com a atuação dos promotores Leonardo Tupinambá, Adriana Monteiro Espinheira, Lilian Nara Pinheiro de Almeida e Iranilson de Araújo Ribeiro.

O nome “Véu de Areia” faz referência à fragilidade da estrutura da quadrilha, segundo o Gaeco, que foi desmontada com a ação.

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