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Longa-Metragem

Cineasta conta como foi produzir documentário sobre história do Jiu-Jitsu no AM

Segundo Heraldo, o documentário está em processo de negociação para ser lançado em plataformas de streaming

Manaus (AM)- O Programa Cine Total da Web TV Em Tempo recebeu em estúdio o diretor e produtor de cinema, Heraldo Daniel. Na entrevista, o roteirista do filme documentário “Clã das Jiboias”, falou sobre o processo de produção do longa-metragem, que aborda a história do Jiu-Jitsu no Amazonas.

Segundo Heraldo, o documentário sobre a arte marcial foi produzido para ser exibido em televisão e está em processo de negociação para ser lançado em algumas plataformas de streaming.

CT: Então Heraldo, primeiramente eu gostaria que você comentasse um pouco para gente sobre como surgiu a ideia de fazer o “Clã Das Jiboias”. Queria que você também comentasse um pouco como é feita a abordagem da história do Jiu-Jitsu no filme?

Heraldo: Eu sempre fui muito apaixonado pelo jiu-jitsu eu treinei a minha juventude toda. Dos meus 14 anos até 19 anos, treinei. Peguei todas as faixas laranja, verde e agora, azul. Depois que eu entrei no processo do filme voltei a treinar, porque assim, o jiu-jitsu salva. Eu costumo dizer que jiu-jitsu salva, ele é uma ferramenta de inclusão social fenomenal e assim, para eu fazer esse documentário eu encontrei uma vez um amigo meu no shopping, ele é faixa preta. Nós trocamos uma ideia. Eu tinha feito alguns curtas e nenhum longa. Daí ele falou virou para mim e falou: “Heraldo, o que tu acha de fazer um documentário sobre a história do jiu-jitsu, que é uma história tão bonita? Que vem desde os japoneses, veio pela migração do século 20, até os dias atuais, e temos vários campeões.

Eu falei, ‘Rapaz é legal, dá para gente fazer uma história boa com isso aí’. A gente começou a trabalhar no projeto que durou mais de cinco anos. Batemos na trave de vários editais para fazer esse filme sobre a história do jiu-jitsu e nunca consegui. Veio a pandemia e no momento que eu mais pensei que não fosse acontecer, aconteceu. Veio a lei Aldir Blanc emergencial e aí o recurso veio. A gente conseguiu executar. Fazer um longa-metragem não é barato. O jiu-jítsu amazonense está no mundo todo. Então, a gente procurou ir atrás desses atletas que contam essa história, que fizeram essa história bonita e a gente conseguiu fechar ele em três atos.

CT: Onde que você foi beber, digamos assim, para mostrar isso? Os outros lutadores, os grandes mestres eles deram algumas coisas inéditas, como é que foi isso?

Heraldo: No meio do processo da pesquisa, a gente vai descobrindo algumas coisas que não estavam ali. Por exemplo, eu não sabia que entre o Reison Gracie e o Osvaldo, veio o Sérgio Penha, que é uma faixa preta que hoje tem academia na Califórnia, Los Angeles. A gente foi descobrindo alguns personagens que acabaram terminando de contar essa história de cento e poucos anos. Então, cada um deles foi colocando um tijolinho. E desses tijolinhos, temos essa edificação dessa história desse jiu-jítsu tão forte que é o jiu-jitsu da Amazônia. Presente não só em Manaus, mas também em Belém do Pará.

CT: Você produziu, dirigiu e roteirizou o filme, mas apesar de todas essas funções você contou com ajuda de diversas feras do cenário do Jiu-Jitsu e das artes marciais em geral né, como foi esse contato? E claro, como que foi para você acabar acumulando essas funções?

Heraldo: Eu até tentei assim ter um produtor junto, só que o meu produtor ele é da luta, é o Almero Augusto, que a gente trocou ideia para fazer o filme. Só que quando o cara é da área, ele é muito proativo, então como era um documentário, dava para produzir e dirigir ao mesmo tempo. Acho que dirigir, produzir para quem você é fã, fica muito mais fácil e legal.

CT: Agora eu gostaria que você contasse um pouco para a gente sobre uma possível exibição em salas de cinema, e também existe uma negociação para exibi-lo no Rio De Janeiro, Certo?

Heraldo: Sim, a gente é um filme bastante comercial. É um documentário comercial, visto que o jiu-jitsu tem fãs no mundo todo. Eles são muito consumidores do produto deles e tudo. Então assim, eu tive umas conversas com o meu produtor executivo. Queremos colocar em alguns festivais de cinema. Só que o filme não é para festival de cinema. O documentário é para televisão, ser exibido em televisão mesmo. Então, estamos negociando com streamings. Estamos vendo um lançamento oficial para o Rio de Janeiro. A gente está lá, então, faremos um lançamento no Rio, talvez, em Belém do Pará, e um circuito de cineclube aqui em Manaus. Nossa proposta também é levar para as cidades do interior.

Edição Web: Bruna Oliveira

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