O rapper Sean “Diddy” Combs foi condenado nesta sexta-feira (3) a 50 meses de prisão, equivalente a pouco mais de quatro anos, por duas acusações de transporte para fins de envolvimento em prostituição.
Além da pena de prisão, o juiz federal Arun Subramanian determinou uma multa de US$ 500 mil — o valor máximo permitido por lei. Segundo o magistrado, a sentença leva em consideração os “imensos recursos” de Combs, que teriam facilitado a continuidade dos crimes.
Crimes ocorreram por mais de uma década
Durante a audiência, Subramanian afirmou que os atos cometidos por Diddy foram ofensas graves que causaram “prejuízo irreparável a duas mulheres”, vítimas que ainda sofrem com as consequências.
“A conduta ocorreu por mais de uma década e com uma frequência tremenda durante esse período”, disse Subramanian. “Por que aconteceu por tanto tempo? Porque você tinha o poder e os recursos para mantê-la. E porque você não foi pego.”
Justiça considera risco de reincidência
O juiz também afirmou que o tribunal “não tem certeza” de que, ao ser libertado, Diddy não voltaria a cometer os mesmos crimes. Para Subramanian, a pena deveria servir de exemplo para punir abusos contra mulheres:
“Uma sentença substancial deve ser dada para enviar uma mensagem aos abusadores e vítimas de que o abuso contra mulheres é punido com real responsabilização.”
Proposta de 11 anos foi descartada
Durante a audiência, a defesa, acusação e departamento de liberdade condicional apresentaram diferentes sugestões para o tempo de prisão:
- Promotores federais: pediram mais de 11 anos
- Defesa: solicitou 14 meses, incluindo tempo já cumprido
- Liberdade condicional: recomendou de 70 a 87 meses
Apesar disso, o juiz considerou 11 anos como “não razoável”, optando por uma pena menor, mas ainda significativa diante da gravidade dos crimes.
(*) Com informações da CNN Brasil
