Manaus (AM) – A família do paraquedista e advogado Luiz Henrique Cardelli, desaparecido desde o dia 15 de abril, continua angustiada, sem saber nenhuma pista sobre o paradeiro dele. Em nota divulgada ao Em Tempo, familiares pedem esclarecimentos sobre as condições de segurança dos paraquedistas em Manaus, e buscam por justiça para que outros casos, como o de Luís, não se repitam.
Conforme a nota, assinada por dois advogados da família e pela ex-esposa, Jéssica Priscila Dias dos Santos, os familiares e amigos de Luiz sofrem pela total falta de vestígios que possam sinalizar a localização do paraquedista.
Além disso, as incertezas aumentam ainda mais pelas condições climáticas e biológicas que cercaram e que ainda rodeiam o sumiço de Luiz.
“A esperança das pessoas próximas sempre existirá, mas amanhã completam 30 dias. Todos estamos cientes da extrema dificuldade [de encontrar o Luiz] pelo avançar dos dias, pela realidade local, pela tempestade do dia e nos dias seguintes, por todos os fatores de tempo e clima, água e cheia do rio”, conta o advogado Athos Cardoso ao Em Tempo.
A nota também questiona sobre os mecanismos de proteção que cercam as pessoas que praticam o paraquedismo na capital do Amazonas, e se existiam “ferramentas” que indicassem o tempo naquele momento, assim como ações que proibissem a área de salto em condições climáticas de risco.
“Sabe-se que, por óbvio, o paraquedista possui sua autonomia enquanto tomador de decisão. No entanto, acreditamos que todo paraquedista deve receber todas as informações essenciais à prática direta do esporte, que são intrínsecas à formação de uma decisão final”, enfatiza a nota.
O documento ressalta que a família acredita no trabalho de investigação da Polícia Civil do Estado do Amazonas e que espera pelas conclusões da busca pelo paraquedista. Também aguarda um posicionamento de órgãos e pessoas envolvidas no desaparecimento de Luiz.
“À exemplo de todos os paraquedistas que estavam na aeronave, piloto, mestres de salto, responsáveis técnicos pela região, proprietários da escola de salto, Aeroclube de Manaus, bem como as demais instituições por intermédio de seus representantes: CINDACTA, Comando do Corpo de Bombeiros, Secretaria de Segurança Pública, Defesa Civil, Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), Exército, Aeronáutica e Marinha”, conclui.
Relembre o caso
Um grupo, de 14 paraquedistas, foi surpreendido por uma tempestade, após realizarem um salto na tarde da última sexta-feira (15). A forte chuva, acompanhada de ventos intensos, prejudicou a aterrissagem.
Cerca de dez paraquedistas conseguiram aterrissar com segurança. Outros quatro tiveram sua rota de pouso alterada, sendo um deles o Luiz Henrique, que até o momento segue desaparecido.
Um dos que não desceu no local previsto acabou aterrissando no bairro Compensa, Zona Leste de Manaus. Outros dois caíram no rio negro. Um deles, um homem, foi salvo por pescadores, já a paraquedista Ana Carolina, de 27 anos, foi encontrada morta.
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