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Caso Silvanilde

Quem matou Silvanilde e por quê? O caso é cercado de mistérios em Manaus

Elogiada e reconhecida na profissão, Silvanilde era um exemplo de servidora pública e caso envolve mistérios

Manaus (AM) – Em um caso cheio de mistérios e sem uma motivação aparente, a morte da diretora da 15ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11), Silvanilde Ferreira Veiga, de 58 anos, gerou comoção em Manaus.

A polícia e a família buscam respostas para um crime cruel que vitimou a servidora pública. Por quê alguém teria motivos para matar uma mulher que era considerada uma mãe e profissional modelo?

Muito elogiada e reconhecida na área dos direitos trabalhistas, Silvanilde era um exemplo de servidora pública. Vencedora de diversos prêmios pelo seu trabalho, ela foi responsável por levar a 15ª Vara do Tribunal Regional do TRT 11 ao primeiro lugar em produtividade no Amazonas.

“Ela era uma servidora modelo. Não era à toa que ganhou diversos prêmios, não era à toa que a vara na qual ela era diretora, era o primeiro lugar em produtividade em todo o estado do Amazonas e em toda região do TRT 11, era a segunda”,

revela uma das advogadas da família da vítima.

Na área materna, Silvanilde se dedicava a filha Stephanie Veiga, que foi quem encontrou o corpo da servidora em uma poça de sangue no apartamento onde as duas moravam.

“Ela era uma mãe perfeita, um exemplo de mãe. Ela não merecia isso e quem fez isso tem que pagar. Não é possível que essa pessoa não vá pagar. É só isso que eu quero. Eu preciso que encontrem quem fez isso”, revelou aos prantos Stephanie.

A vítima não mantinha relacionamento afetivo e era bem quista pelos conhecidos. Diante da descrição da forma de agir e da rotina da servidora pública, não há motivação aparente para a causa da morte tão violenta.

O dia do assassinato

servidora foi encontrada morta, no sábado (21), pela própria filha, Stephanie Veiga. Ela estava com marcas de golpe de faca e de estrangulamento. Ao todo, foram 12 golpes.

Conforme o relato de Stephanie à polícia, na noite de sábado, ela recebeu uma mensagem de SOS da mãe e mandou duas mensagens em retorno, porém não obteve resposta, por isso, pediu ao porteiro do condomínio, que fosse ao apartamento da genitora para verificar se estava tudo bem. Ao retornar, ele informou que ninguém atendia, e que os veículos estavam todos na garagem.

Com isso, ela foi ao apartamento, juntamente com o namorado, e encontrou a mãe estendida no chão da sala, de bruços em uma poça de sangue. Ela relatou, ainda, que não havia sinais de arrombamento e a única coisa levada do local foi o celular da vítima. A servidora já morava no local há mais de 10 anos.

Os laudos preliminares do Instituto Médico Legal (IML) apontam que Silvanilde foi morta por asfixia, doze golpes de arma branca, entre eles, um no pescoço, e traumatismo crânio encefálico.

Como o assassino teria entrado no condomínio?

O que vem chamando atenção dos investigadores da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) é que, possivelmente, o assassino, ou mora no condomínio ou teve autorização para entrar no prédio.

Com câmeras de segurança espalhadas pelo local e uma guarita de segurança na porta de entrada, não era tão fácil entrar no condomínio onde Silvanilde morava.

A advogada Tallita Lindoso destacou ainda que o acesso ao condomínio só poderia ser feito de forma remota, por meio do envio do acesso por parte do morador, mas o acesso à residência só poderia ser feito pelos próprios moradores por ser pela de biometria ou de uma senha. Além disso, também destacou que apenas a mãe e a filha tinham acesso a residência.

Suposições dos autores

A equipe de advogados da Stephanie – Cândido Onório, Tallita Lindoso e Daniela Cardoso – contrariou as especulações de que a cliente teria envolvimento com o crime e ressaltou que a mesma trouxe todos os aparelhos eletrônicos que estavam na residência para qualquer averiguação pela DEHS. Vale ressaltar que o celular da vítima foi levado do local do crime.

A equipe destacou ainda que há, até o momento, a existência de duas linhas de investigação: a possibilidade de briga com algum vizinho ou algo relacionado ao trabalho da servidora pública, mas destacaram que ainda não há uma certeza.

Depoimentos

Os depoimentos da filha, de moradores, síndico do prédio e do vigilante que estava de plantão na hora do crime, serão esclarecedores para ajudar a desvendar o mistério em torno desse caso.

Durante esta segunda-feira (23), Stephanie Veiga e o sindico do condomínio Gran Vista, foram ouvidos sobre o dia do crime.

A polícia não divulgou o teor do depoimento, mas as investigações sobre a morte da diretora já estão em andamento. “Estamos colhendo os primeiros depoimentos, mas o condomínio está prestando todo o apoio possível pata logo elucidar este caso”, disse a delegada Marília Campello, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), sem dar mais detalhes.

Além disso, na manhã desta terça-feira (24), um dos depoimentos mais aguardados e que poderá ser esclarecedor é do vigilante do condomínio, que estava de plantão no dia do crime. Para a DEHS, ele poderá repassar detalhes do que aconteceu durante as horas em que a servidora foi morta, já que o autor do crime, possivelmente, estaria no condomínio.

Outros depoentes não foram revelados pela DEHS, mas mais pessoas devem ser ouvidas ainda nesta terça.

Edição Web: Bruna Oliveira

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Comentários:

  1. Diante do exposto creio que a policia ja tem o suficiente para esclarecer os fatos .como impressao digital em algum objeto supostamente encontrado na cena do crime…

  2. E se o assassino da servidora Silvaneide entrou com o morador da própria família, no porta malas ou atrás no carona ? Se alguém o deixou adentrar no apto sem a servidora ter conhecimento e assim aguardar ficar somente ela e cometer o assassinato …

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