Situada a aproximadamente 78 quilômetros de Manaus, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro (RDS do Rio Negro), com 103 mil hectares de área, pede socorro, arrasada pela especulação imobiliária, de acordo com extensa matéria publicada recentemente no site O Eco.
A falta de fiscalização adequada agrava um processo de destruição da fauna e da flora que a ganância imobiliária promove na área que envolve Manaus, Iranduba, Manacapuru e Novo Airão, onde aumenta a cada dia o número de sítios e chácaras paralelamente aos negócios agropecuários.
Como acontece na região da BR-319 (Manaus/Porto Velho), a RDS Rio Negro está sendo cercada de ramais que acabam se transformando em vetores da destruição ambiental por facilitarem o acesso à área protegida, acesso este quase sempre realizado por agentes desprovidos de bom senso e boas intenções.
Sem fiscais na área, a RDS vira uma terra de ninguém, dilacerada pela especulação que, infelizmente, aumentará com o ritmo avassalador da expansão urbana a partir de Manaus. Tal realidade poderá piorar com a Rodovia AM-70 duplicada, trazendo progresso e dinamizando a economia no entorno da capital, mas acelerando a degradação da Reserva pela falta de fiscalização.
Levantamento do EIA/RIMA (Relatório de Impacto Ambiental), datado de 2008, afirmava que a RDS, com sua rica biodiversidade e belos igarapés, atrairia mil atenções com a inauguração da Ponte Rio Negro. Mais de dez anos depois, a especulação chegou e aprofundou o desastre de ilícitos ambientais dentro da Unidade de Conservação.
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