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jornalista e indigenista

Polícia prende terceiro suspeito de matar Bruno Pereira e Dom Phillips no AM

O preso de trata de Jeferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha", e foi preso pela polícia em Atalaia do Norte

Atalaia do Norte (AM) – O terceiro suspeito de participação da morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips foi preso, neste sábado (18), de acordo com o Comitê de Crise, coordenado pela Polícia Federal do Amazonas (PF-AM).

O preso de trata de Jeferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, e foi preso pela polícia em Atalaia do Norte, no Amazonas. A informação foi confirmada pelo delegado Alex Perez Timóteo. Jeferson teve prisão decretada pela Justiça e estava foragido.

Os irmãos Amarildo Oliveira, vulgo “Pelado”, e Oseney de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, estão presos suspeitos do assassinato do jornalista inglês e do indigenista.

Confissão

“Dos Santos” confessou o crime para a Polícia Federal na última quarta-feira (15). Ele e Amarildo da Costa mataram o jornalista inglês e o indigenista no dia 5 de junho, após serem flagrados por eles pescando ilegalmente no território indígena.

De acordo com a Polícia Federal, ao menos cinco suspeitos são investigados pela morte do jornalista e do indigenista.

Vítimas

Dom Phillips era colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, era servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), eles atuavam na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares.

O indigenista já havia denunciado que estaria sofrendo ameaças na região antes de desaparecer. Bruno Pereira estava atuando como colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), uma entidade mantida pelos próprios indígenas da região, e tinha como foco impedir invasão da reserva por pescadores, caçadores e narcotraficantes.

Mandante das mortes 

A Polícia Federal (PF) informou, nesta sexta-feira (17), que a apuração sobre os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips não trazem indícios de ter havido um mandante ou organização criminosa por trás das mortes.

Em nota divulgada à imprensa, a PF, que coordena o comitê de crise para investigação do caso, informou também que as diligências continuam e que, apesar de não haver mandante, outras pessoas devem estar envolvidas no crime e novas prisões podem ocorrer nos próximos dias.

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