São Paulo (SP) – O hospital de São Paulo em que a atriz Klara Castanho ficou internada para ter o bebê, fruto de um estupro sofrido pela jovem em 2021, informou por meio de nota ter aberto uma sindicância interna para investigar a denúncia da atriz.
Em texto divulgado pelo Fantástico no último domingo (26), a unidade informou que preza pela “privacidade de seus pacientes bem como o sigilo das informações do prontuário médico. O hospital se solidariza com a paciente e familiares e informa que abriu uma sindicância interna para a apuração desse fato”.
Em sua denúncia, Klara conta que foi ameaçada por uma enfermeira da instituição que vazaria as informações sobre o parto dela e sobre a adoção para um colunista.
A história foi repassada para Léo Dias, que ainda soube do estupro sofrido por Klara, e segundo ela, ele prometeu que não escreveria sobre o assunto, no entanto, a informação confidencial acabou sendo passada para outras pessoas.
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) também anunciou que fará uma investigação sobre o caso.
Acolhida nas redes sociais, Klara agradeceu o apoio e o carinho de internautas e amigos de profissão, que a defenderam das acusações e pediram respeito para a artista em um momento tão delicado de sua vida.
SAIBA MAIS SOBRE O CASO KLARA CASTANHO:
No sábado (25), Klara Castanho divulgou uma carta aberta nas redes sociais, horas depois de uma série de ataques no Twitter a criticando por não ficado com uma criança a que teria dado à luz em um hospital. Segundo a atriz ela estava sendo vítima de agressões nas redes sociais, após passar por um momento muito difícil de sua vida, pois teria sido vítima de um estupro.
O boato aumentou após manifestação da apresentadora Antônia Fontenelle, a partir de um vídeo do jornalista Leo Dias, numa entrevista na TV.
Ambos trataram o assunto sem mencionar o nome da atriz ou o crime de estupro, porém a simples menção ganhou contornos inacreditáveis, com muita especulação, o que acabou evidenciando o nome da atriz.
Após a divulgação da carta aberta de Klara Castanho, o colunista publicou o nome da atriz e dados do nascimento da criança, incluindo hora e local de nascimento, cujo sigilo é resguardado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, em reportagem veiculada no site Metrópoles.
Metrópoles reconhece culpa
Segundo o Portal Metrópoles, o site errou por ter permitido que detalhes “sobre o triste caso envolvendo uma mulher em situação de extrema vulnerabilidade” fossem publicados.
“Não há justificativa que sustente o argumento do interesse público em conhecer detalhes sobre uma história em que os únicos interessados são a vítima e seus familiares. E, neste caso, a Justiça e o Ministério Público, que intercederam para ajudar Klara no processo de adoção da criança”, afirmou o veículo de comunicação em nota oficial.
Metrópoles
Léo Dias
O jornalista Leo Dias também se pronunciou, no último domingo (26), pelas redes sociais. Ele pediu desculpas a Klara e deu detalhes sobre como teve acesso às informações a respeito da atriz, há um mês, e por que, após apurar detalhes por telefone com a atriz, logo após o parto, decidiu não publicar o caso em sua coluna. “Na conversa, Klara me relatou a violência de que foi vítima. E sua decisão de entregar a criança para a adoção. Me pediu que eu não escrevesse sobre o assunto. E eu, prontamente, me comprometi com ela a não expor a história publicamente”, afirmou Dias.
No último dia 16 de junho, em entrevista no “The Noite”, apresentado por Danilo Gentili no SBT, Leo Dias, sem citar o nome de Klara, disse que tinha uma informação “inacreditável” sobre uma atriz, que a “conta” dela iria chegar, pois o caso “envolve vidas” e, por isso, ela carregaria um “carma grande”. Ainda na noite de sábado, Antônia Fontenelle, alegou que não citou o nome de Klara Castanho e disse: “o que eu tenho a ver com isso?”
Porém, na live que havia feito na quinta-feira, a apresentadora correlacionou o caso da atriz a “abandono de incapaz”.
Informação teria saído de dentro do hospital
No pedido de desculpas de Leo Dias, ele cita como informante do caso uma profissional de um hospital privado. ” Ela insistiu que precisava falar comigo para denunciar um caso atípico que ocorrera há algumas horas naquela casa de saúde. A moça, sob a condição de anonimato, me disse que, pela primeira vez, o nascimento de uma criança não poderia ser registrado na maternidade. Nenhum dado sobre o nascimento poderia ser incluído no sistema. Fiquei surpreso ao saber que a mulher que deu à luz aquela criança era Klara Castanho. Até aquele momento, eu não tinha noção do contexto de violência envolvendo a gestação”.
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