Manaus (AM)- Combater o racismo, a intolerância religiosa e proporcionar visibilidade e empoderamento a diversas manifestações culturais, essa é a proposta da segunda edição do Festival Afro-ameríndio, que acontece nesta sexta-feira (1), no Largo São Sebastião e Centro Histórico da capital.
A iniciativa, que nasceu no Terreiro da Mãe Maria de Jacaúna, no bairro Zumbi dos Palmares, em 2021, é idealizada por mulheres negras periféricas do Coletivo Ponta de Lança e contará com cortejo, apresentações culturais, feira de artesanatos, plantas e remédios naturais.
“A segunda edição do Festival Afro-ameríndio está sendo preparado enquanto espaço de celebração e fortalecimento mútuo das populações negras e indígenas dos territórios urbanos da cidade de Manaus, para integrar o calendário cultural do estado, onde sobretudo a presença é negada e a indígena invisibilizada.Um evento de acesso gratuito e aberto ao público, comprometido em efetivamente constituir possibilidades de dissolução de preconceitos e de visibilidade da manifestações culturais afro-ameríndias”, é o que afirma uma das idealizadoras do evento, Raquel Cardoso.
Programação
Este ano, o Festival Afro-ameríndio terá sua programação dividida em dois momentos: iniciando com um cortejo na lateral da Rua 10 de Julho e culminando com as apresentações culturais, musicais e a feira de artesanatos em frente ao Teatro Amazonas. A segunda edição, contemplada pelo Edital Amazonas Criativo, da Secretaria Estadual de Cultura, Turismo e Eventos do Amazonas (SEC/AM).
A programação contará ainda com a mestre de cerimônia Ene Strozi, apresentações musicais do Grupo de Mulheres Indígenas Ruarïngo, do Grupo Cultural Encanto da Jurema, do Grupo Cultural Malungo Dudu, da Banda Papo de Preto e do Coco de Roda do projeto Flor do Sertão. Enquanto intervenção cultural, contaremos com as Escolas de Capoeira Educando com Ginga e Angoleiros do Sertão, com a poetisa Dani Colares e o Vitor Rocha com a performance Mojubá.
Simultaneamente, será realizada a Feira de Artesanatos, Plantas e Remédios Naturais com a exposição dos produtos da Associação Kokama do Grande Vitória, Associação de Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro, Tesoura de Ouro Aleliê, Mulheres Solidárias em Ação, Coletivo de Mulheres do Puraquequara, Derequine, Floricultura Nossa Senhora da Conceição e Centro de Medicina Indígena.
Fotos: Cila Reis
*com informações da assessoria
Edição Web: Bruna Oliveira
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