Luiz da Silva Neto, de 35 anos, foi considerado culpado pelo tribunal Oxford Crown, na Inglaterra, depois de ter drogado e estuprado ao menos duas vítimas no condado de Oxfordshire em novembro e dezembro do ano passado.
De acordo com o promotor do caso, ele “batizava” a bebida de seus alvos com drogas e elas, por sua vez, acordavam nuas e sem entender o que tinha acontecido com elas. A nacionalidade do investigado não foi divulgada.
Da Silva Neto atacou deliberadamente homens heterossexuais que ele acreditava serem especialmente improváveis de denunciar os crimes à polícia, disse o investigador James Holden-White à Sky News.
Ele usou o que se apresenta como um modus operandi bem praticado; mirar homens, administrar uma substância para incapacitar e dominar sua vítima escolhida, e depois se envolver em atividade sexual com eles, sabendo que não estão em posição de consentir.
Segundo o promotor do caso, Matthew Walsh, o acusado usou a droga GHB, que tem “efeitos eufóricos e alucinógenos”, para dopar as vítimas, de acordo com a BBC.
No julgamento desta semana, Neto foi considerado culpado pelas seguintes acusações: administrar intencionalmente uma substância; fazer alguém se envolver em atividade sexual sem consentimento; além de estupro.
Como aconteceu
A primeira vítima diz ter bebido com Neto na propriedade em Oxfordshire, depois de ter viajado para lá a trabalho, em novembro. Em dado momento, “começou a sentir-se subitamente cansado”, e adormeceu.
Ao acordar, nu, seu corpo já “não funcionava… como se ele estivesse paralisado”, e estava recebendo sexo oral de Neto. Na manhã do dia seguinte, a vítima sentiu o corpo “partido em dois” e, ao sair da propriedade, avistou uma seringa vazia, foi quando ficou “convencido de que tinha sido drogado”.
Já no mês seguinte, uma segunda vítima foi à propriedade. Desta vez, o homem, recém casado, foi levado a Oxforshide após uma noitada numa boate em Londres. Ele também acordou nu, “em uma casa estranha” por volta das 10h da manhã do dia seguinte. Ele ficou “confuso, angustiado e chateado”, sem saber o que tinha acontecido.
De acordo com o promotor, foi se aproveitando da memória da vítima que “começou a desaparecer”, que Neto “se aproveitou do homem estar bêbado”. A vítima não conseguiu explicar as horas entre ter saído do bar e acordado pelado na cama de Neto
Dado como desaparecido, o homem relatou uma “esmagadora sensação de pânico e confusão” antes de pegar um táxi e voltar para Londres, quando foi levado pela esposa ao hospital. Os exames negativaram para a presença da droga GHB.
Luiz da Silva Neto alegou que as relações sexuais foram todas consensuais e que nunca tinha drogado ninguém.
A sua sentença sairá na próxima quinta-feira (7).
*Com informações do O Globo
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