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Editorial

E o Vale do Javari ?

Há a expectativa de que o Governo Federal se volte para a região do Vale do Javari que acaba de ser diligenciada por uma comissão de deputados federais e senadores

Foto: Lalo de Almeida/ Folhapress

Em brilhante artigo publicado nas páginas do Amazonas Em Tempo há dias, o vice-presidente da FIEAM (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), empresário Nelson Azevedo, recorreu ao renomado Rui Barbosa para classificar o estado brasileiro como algo “sem eira nem beira”.

O recurso a sentença de Rui, proferida há exatos 130 anos, foi a forma encontrada por Nelson para apontar, nos dias que correm, a preocupante situação de um país, e especialmente, de uma região desestruturada pelo “estado sem eira nem beira”, onde grandes investimentos são perdidos pela absoluta falta de segurança jurídica.

No que diz respeito ao Vale do Javari, onde habitam alguns dos maiores grupos indígenas do planeta Terra, vive-se agora a expectativa de que o Governo Federal se volte para a região que acaba de ser diligenciada por uma comissão de deputados federais e senadores.

As denúncias encaminhadas à comissão alertam para o Vale do Javari à beira de um criminoso genocídio contra os indígenas que não se curvam ao crime organizado personificado em garimpeiros, madeireiros, pescadores ilegais e grileiros.

Conforme a Comissão Externa do Congresso, o assassinato do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista Dom Phillips expôs todo o perfil do “estado paralelo” que domina o Norte amazônico e que quer reinar a ferro e fogo na Tríplice Fronteira.
A morte de Bruno e Dom mostrou o quanto é cruciante trazer o Brasil de volta à civilização, ao verdadeiro Estado de Direito em que as leis são respeitadas e cumpridas, um estado onde o império da lei é um imperativo de vida, com políticas sociais e econômicas seguras, e não o contrário.

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