Rio de Janeiro (RJ) – Parece que, finalmente, a ideia do estádio próprio do Flamengo vai sair do papel. Segundo o jornalista Rodrigo Mattos, do UOL, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, está negociando diretamente com o presidente da república, Jair Bolsonaro, a cessão do terreno do Gasômetro, localizado na região central do Rio de Janeiro (RJ), mais precisamente na Zona Portuária da capital.
O espaço pertence ao fundo imobiliário do Porto Maravilha, mas a responsável pela administração da área é a Caixa Econômica Federal. O terreno do Gasômetro é o preferido pelo Flamengo para seu projeto de estádio, embora existam opções na Barra da Tijuca e em Deodoro.
Em evento do agronegócio nesta segunda-feira (25), Bolsonaro deu declaração sobre o assunto indicando que pretende facilitar o negócio.
“Dani (presidente da Caixa Econômica), como está a negociação do terreno da Caixa, do Gasômetro, para o Flamengo, que quer construir seu estádio de futebol? Tratamos desse assunto. Adiantei. Liguei para o comando do exército, que tem um terreno do exército vizinho ao terreno. Se for o caso, entra no pacote. Vamos atender ao Flamengo. Estudo de viabilidade está bem avançado. Sem intermediários [a negociação]. Se aparecer qualquer prefeito dizendo, está mentindo”,
disse o presidente da república.
O blog de Rodrigo Mattos apurou que Landim conversa com Bolsonaro e com a presidência da Caixa sobre o assunto. O clube, inclusive, já levantou os documentos relacionados ao terreno para saber detalhes. Também houve conversa com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, sobre viabilizar o projeto.
O terreno do Gasômetro, que fica em região central do Rio, fez parte da PPP (Parceria Público-Privada) do projeto olímpico de revitalização da área. Foi criado o Fundo Imobiliário Porto Maravilha para administrar a região, sob responsabilidade da Caixa. Em troca, a Caixa usou dinheiro do FGTS para comprar títulos Cepacs, que dão direito a realizar construção na região.
Pelo projeto, o dinheiro da revenda dos títulos seria usado em obras de infraestrutura e melhorias no Porto, inclusive a manutenção do Túnel Marcelo Alencar. O projeto, no entanto, teve problemas para engrenar com a crise econômica no país após 2016 e as vendas não atingiram os patamares projetados inicialmente.
Em meio a isso, o Rubro-Negro se inspira em uma grande arena internacional, o Iduna Park, local onde o Borussia Dortmund-ALE manda seus jogos. A proposta é que, assim como o parque esportivo alemão, a arena do Fla tenha características mais verticais, ocupando um espaço de 86 mil m², e consiga comportar o maior número de rubro-negros possível. A estimativa é que o local tenha capacidade para pelo menos 70 mil pessoas, mas o desejo é chegar aos 80 mil, para que se superasse o tamanho do Maracanã, que hoje pode abrigar até 78,838 pessoas.
*Com informações de UOL
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