A investigação preliminar contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, pelos possíveis crime de assédio sexual e moral contra funcionárias da Caixa, foi transformada em inquérito civil pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
No despacho, cujo teor foi obtido pelo Metrópoles, o procurador Paulo Neto, do MPT no Distrito Federal, considera que a denúncia, em princípio, “configura infringência à ordem jurídico-trabalhista e aos direitos coletivos dos trabalhadores”. A decisão é desta terça-feira (26).
“Resolve instaurar inquérito civil nº 001148.2022.10.000/4 em face da empresa Caixa Econômica Federal – CEF e de seu ex-presidente Pedro Duarte Guimarães”, escreveu ele.
O MPT também concedeu 10 dias para a Caixa Econômica Federal juntar ao inquérito cópia integral dos procedimentos administrativos decorrentes do recebimento de 14 denúncias apresentadas entre 2019 e 2022 no canal interno contra Pedro Guimarães.
Até então, a apuração preliminar era feita no âmbito de uma notícia de fato. Agora, a investigação vai ser aprofundada.
Um grupo de funcionárias decidiu romper o silêncio e relatar as situações pelas quais passaram. Todas elas trabalham ou atuaram em equipes que servem diretamente ao gabinete da presidência da Caixa.
As mulheres denunciam toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos, incompatíveis com o que deveria ser o normal na relação entre o presidente do maior banco público brasileiro e funcionárias sob seu comando.
A iniciativa dessas mulheres levou à abertura de uma investigação que está em andamento, sob sigilo, no MPF. Após repercussão do caso, o Tribunal de Contas da União (TCU) também abriu um processo para apurar as denúncias.
* Com informações do site Metrópoles
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