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Caso Dom e Bruno

‘Colômbia’ e ‘Pelado da Dinha’ dão entrada em presídio de Manaus

Amarildo, Oseney e Jeferson foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver

Dupla já está no presídio. Foto: Reprodução

Manaus (AM) – Rubem Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1), nesta segunda-feira (25). Os dois são apontados como participantes nas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, os dois estavam no Central de Recebimento e Triagem (CRT) desde o último sábado (23) e foram destinados para alas comuns no CDPM 1.

“Colômbia”, que é investigado por uso de documento falso e como um suposto mandante das mortes de Bruno e Dom, chegou à Manaus no dia 9 de julho após ser recambiado junto com Amarildo da Costa de Oliveira, o “Pelado”.

Já “Pelado da Dinha” chegou no sábado (23), junto com Oseney da Costa Oliveira, o “Dos Santos”, que estavam detidos na delegacia de Atalaia do Norte, sob custódia da Polícia Federal (PF), e foram encaminhados para o município de Tabatinga (distante a 1.107 quilômetros de Manaus), antes de seguir para a capital amazonense.

“Dos Santos” e “Pelado da Dinha” eram os dois últimos presos que permaneciam no município onde ocorreu o crime. Oseney, que é irmão de Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, tem negado a participação nos assassinatos de Bruno e Dom. Jefferson confessou participação no crime, que ocorreu dia 5 de junho no Vale do Javari, na região da cidade de Atalaia do Norte (distante a 1.100 quilômetros da capital).

“Pelado” e Rubens Villar Coelho, conhecido como “Colômbia”, também estão presos por envolvimento no crime desde o início deste mês. A residência de “Colômbia” foi alvo do mandado de busca e apreensão no dia 22 deste mês. Amarildo, Oseney e Jeferson foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver pelos assassinatos da dupla.

Relembre o caso

O indigenista Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal The Guardian no Brasil, desapareceram na região do Vale do Javari, no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte (distante a 1137 quilômetros de Manaus), no Amazonas. A viagem de cerca de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.

Dom e Phillips foram vistos pela última vez em 5 de junho, um domingo, ao passar pela comunidade do Amazonas de São Rafael. De lá, partiram numa embarcação para uma viagem de cerca de duas horas, mas não foram mais vistos.

Os corpos do indigenista e do jornalista britânico foram encontrados, no décimo dia de buscas, em uma área de mata do município após as equipes de investigações realizarem as buscas pelos corpos das vítimas no local informado por Amarildo, irmão de Oseney da Costa, o ‘Dos Santos’, segundo preso pelo desaparecimento da dupla. Materiais orgânicos humanos foram encontrados onde o suspeito apontou.

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) concluiu que a motivação do homicídio do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, ocorrido no mês passado, estaria relacionada diretamente com os direitos indígenas.

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