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Médico criminoso

Vítima estuprada por médico fala sobre o caso

O médico anestesista, de 32 anos, foi preso em flagrante após estuprar a mulher, que estava inconsciente

Anestesista estuprador
Anestesista foi preso após estuprar mulher grávida que dava a luz

Um mês após ser estuprada na sala de parto, a vítima do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra falou pela primeira vez sobre o caso neste domingo (14) em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo.

Ela contou à reportagem da TV Globo que soube que havia sido vítima de estupro, na sala de parto, logo após dar à luz, por meio da irmã.

“O diretor do hospital não deixou eu sair do hospital sem saber. Ela falou: ‘O anestesista abusou de você’. Imaginei tudo, menos que eu havia sido estuprada. Em vez de eu sair pela porta da frente, com meu filho no colo, eu saí pelos fundos do hospital, escondida, com vergonha. Aquela alegria de vestir ele ao sair da maternidade, eu não tive isso”.

Saiba mais sobre o caso

O médico anestesista, de 32 anos, foi preso em flagrante na madrugada do dia 11 de julho após estuprar a mulher, que estava inconsciente, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense.

Ele foi flagrado colocando o pênis na boca de uma gestante durante um parto. A cena foi filmada por meio de um celular escondido pelas enfermeiras dentro de um armário, após elas desconfirarem de atitudes suspeitas do médico com outras pacientes.

Nas imagens gravadas, a mulher aparece deitada e totalmente sedada durante o parto, o que é um procedimento considerado desnecessário. Do lado direito do lençol, sempre usado em cesarianas, o médico aparece colocando o pênis para fora e introduzindo o órgão na boca da mulher. O ato dura dez minutos.

Filmagem

Na entrevista, a mulher diz que está grata às mulheres que filmaram e denunciaram o caso. “Se elas não tivessem tomado essa decisão, eu seria só mais uma e isso poderia estar ocorrendo agora com outra”, disse.

A polícia desconfia que o médico seja um criminoso em série

A mulher disse que Giovanni foi o primeiro médico a falar com ela e que havia sido atencioso. “Ele falou para mim que ia falar tudo que ele ia fazer e explicar todo o procedimento”, relata. Ela disse que informou ao médico que estava se sentindo mal.

”Alguém falou: ela teve uma hipoglicemia”. Eu fiquei várias horas em jejum. Antes da anestesia, eu falei que estava me sentindo um pouco enjoada. Aí ele tirou minha máscara, eu estava com uma máscara de tecido, e me colocou no oxigênio. Ele falou que estava tudo bem, para eu ficar tranquila, que ele estava me monitorando.”

A mulher conta que não se lembra de nada após fazer uma foto com seu filho após o parto.

“Eu lembro só do bebê no colo dele e não me lembro de mais nada. Me sentia fraca, minha mão estava sem força, nos partos anteriores eu não passei por isso. Fiquei preocupada, mas não achei que seria nada demais. Percebi quando acordei que tinha algo na minha boca, alguma coisa, um líquido meio gosmento. Pensei ‘isso aí não é vômito’ porque não tem gosto de vômito. Eu tentava cuspir, mas eu não conseguia. Quando eu disse que estava enjoada, antes do parto, o anestesista colocou gaze do lado esquerdo, para se eu quisesse vomitar”.

A polícia desconfia que o médico seja um criminoso em série. Ele encontra-se preso no Complexo do Bangun, no Rio, em cela individual, por segurança e por ter curso superior e foi indiciado por estupro de vulnerável cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão. Pelo menos dois advogados desistiram do caso. A pedido de Giovanni, a defesa dele vai ser feita pela Defensoria Pública.

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