Belo Horizonte (MG) – O adolescente de 14 anos apreendido por planejar ataques em escolas da rede pública de Governador Valadares, na região do Rio Doce, em Minas Gerais, faz parte de uma rede nacional que tem como objetivo organizar massacres em escolas de todo o país. As informações são do Jornal O TEMPO.
De acordo com o delegado da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil de Governador Valadares, Mario Bento Costa, responsável pela operação que terminou com a apreensão do adolescente, o grupo articula ações semelhantes ao da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), ocorrido em março de 2019.
Na ocasião, um adolescente e um homem encapuzados atacaram a unidade de ensino e mataram sete pessoas. Em seguida, um deles atirou no comparsa e, então, se suicidou.
O delegado afirma, no entanto, a existência de envolvidos em outros Estados do Brasil.
O adolescente estava em casa quando foi apreendido na operação que cumpria mandado de busca e de apreensão. O celular do adolescente e um caderno com algumas anotações também foram recolhidos.
De acordo com o delegado, no caderno estava anotado o codinome utilizado pelo adolescente para comunicar de maneira secreta com os demais envolvidos
. “Ele se comunicava com grupos na internet. Ainda não se sabe se ele foi procurado ou foi ele quem procurou pelo grupo”, diz o delegado.
No celular apreendido, os policiais encontraram várias mensagens com o planejamento dos ataques. “Eles tentavam definir se iriam comprar ou alugar uma arma de fogo”, explica o delegado.
O adolescente disse aos policiais que fazia parte do grupo apenas por brincadeira e que não tinha a intenção de se envolver em ataques as escolas. “Ele tentou minimizar, mas disse que as outras pessoas levavam isso a sério”, conta.
Em Governador Valadares, a escola em que ele estuda o seria alvo das ações. As investigações apontaram que o adolescente tinha um rendimento escolar abaixo da média exigida pela instituição de ensino, no entanto não foi possível precisar se este seria o motivo dos ataques.
A operação identificou o adolescente após rastreamento do endereço de protocolo da intenet, o IP.
A ação foi conduzida pela Polícia Civil de Minas Gerais em conjunto com a agência de investigação da embaixada dos Estados Unidos, em Brasília. Foram feitos trabalhos de diligência na escola do adolescente antes da apreensão. Ele foi conduzido junto aos responsáveis para a Delegacia de Plantão da cidade.
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