Mais do que nas últimas eleições, o tema Amazônia é enfatizado aos quatro ventos pelos candidatos ao cargo de Presidente da República. Em 2022, o tema é apontado como prioridade geral entre os postulantes, mas não esmiúçam, em seus programas, o que poderão fazer caso consigam sucesso na batalha de votos de outubro.
Com o assassinato do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira ainda incomodando a pauta diária da mídia nacional, os candidatos prometem mundos e fundos acerca da Amazônia, mais não a tratam como um caso de segurança nacional em razão da absurda escalada do desmatamento e das queimadas e do forte assédio do crime organizado sobretudo em Manaus e na Tríplice Fronteira envolvendo Brasil, Colômbia e Peru.
Quando da morte de Philips e Bruno, a jornalista Miriam Leitão escreveu em O Globo: “A ocupação da Amazônia pelo crime é um problema de segurança nacional, concreto, verdadeiro, perigoso”.
Também o senador Rodrigo Pacheco assim se expressou sobre os descalabros na região: “É um Estado paralelo comandado por crime organizado de tráfico de drogas transnacional, tráfico de armas, o desmatamento ilegal, o garimpo ilegal e os atentados aos povos da floresta, aos povos indígenas”.
Os candidatos ao Palácio do Planalto também reconhecem o crime organizado e o tal “Estado Paralelo” na região, mas precisam dizer o que efetivamente poderão fazer em favor da região em nome da soberania nacional, uma soberania cada mais enlameada pela ausência do Estado nas fronteiras do país.
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