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Encontro

Lula se reúne com Marina e recebe propostas dela para o meio ambiente

Ex-ministra do Meio Ambiente do próprio Lula, Marina havia se afastado do PT por discordar de políticas pouco ambiciosas para o setor

Reprodução

O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu, neste domingo (11), uma imagem que sua campanha vinha buscando há meses na tentativa de construir uma frente ampla contra o adversário Jair Bolsonaro (PL): uma foto com a ex-ministra e ex-candidata ao Planalto Marina Silva (Rede).

Ao postar a imagem de reunião em todas as suas redes, Lula ressaltou que partiu dele o convite para o encontro e disse que recebeu delas propostas na área do meio ambiente e sustentabilidade.

“Relembramos da nossa história, desde quando nos conhecemos. Conversamos por duas horas e ela me apresentou propostas para um Brasil mais sustentável”, escreveu o petista.

Marina foi filiada ao PT e foi ministra do Meio Ambiente de Lula, mas acabou rompendo com o partido por não concordar com a preferência por grandes projetos de engenharia que traziam também grandes riscos ambientais. Sempre se opôs, por exemplo, a hidrelétricas como Belo Monte, feita no governo de Dilma Rousseff (PT).

Em entrevista ao Metrópoles em junho deste ano, Marina, que é candidata a deputada federal por São Paulo, cobrou compromissos mais ambiciosos para a proteção da natureza para que voltasse a conversar com Lula e disse que os dois haviam se falado pela última vez quando o petista ficou viúvo de Marisa Letícia, ainda em 2017.

As exigências de Marina remontam aos mesmo conflitos que a fizeram abandonar a pasta, o governo de Lula e o próprio PT, partido da qual foi fundadora.

“As coisas que deram certo durante a minha gestão foram graças à ação de transformar essas boas experiências em políticas públicas. Agora os candidatos terão que fazer isso também. Não é só receber apoio. Eles têm que também entender o que estão apoiando. Não podem continuar apoiando projetos como Belo Monte. Não podem continuar apoiando investimentos como nas hidrelétricas no rio Tapajós. Não podem fazer vistas grossas para grilagem de terras e, mais uma vez, querer fazer regulação fundiária como foi feito em 2009, quando 47 milhões de hectares foram entregues para pessoas que não deveriam ter recebido esses títulos”, disse Marina, na época.

“Agora, novamente, a mesma coisa. Os candidatos estão dizendo que a agenda da mudança climática é importante, mas terão que traduzir isso em planos de desenvolvimento econômico sustentável na questão da produção energética, no uso correto da biodiversidade, na manutenção das florestas em pé, e principalmente, ser capaz de fazer com que esse país seja o país da agricultura de baixo carbono, que não derrube mais floresta para poder aumentar sua produção, mas use de tecnologias que já estão disponíveis na Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), para crescer em termos agrícolas por aumento de produtividade. Todos esses investimentos precisam ficar bem claros no programa de governo”, completou a ex-ministra.

*Com informações do Metrópoles

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