Ao menos nove pessoas morreram após o avanço das tropas russas no sudeste e sul da Ucrânia, informaram a Polícia Nacional e o Serviço de Guarda de Fronteiras. Na madrugada desta quinta-feira (24), o presidente russo, Vladimir Putin, deu sinal verde para o que definiu como “operação militar especial” contra a Ucrânia.
O governo ucraniano diz que a ação é uma “invasão total”. Segundo o levantamento dos órgãos ucranianos, as mortes confirmadas são:
- Três civis mortos em Donetsk, na cidade de Vugledar, após bombardeios;
- Um morto em Berdyansk após forças russas alvejarem uma unidade militar de defesa aérea;
- Três guardas de fronteiras mortos em Skadovsk;
- Um guarda de fronteira morto em Kherson após bombardeio;
- Um menino morreu após explosão durante incêndio em prédio residencial em Chuguiv.
Foram registrados pelo menos 10 militares feridos nas cidades Nikolaev, Berdyansk, Skadovsk e Myrhorod. Segundo o site CBS News, a Polícia Nacional informou que 19 pessoas estão desaparecidas. No sul da Ucrânia, também há relatos de uso de foguetes e helicópteros contra tropas ucranianas.
Nas redes sociais, o Serviço de Guarda de Fronteiras da Ucrânia informou que uma de suas instalações em Kiev, na capital, foi bombardeada “provavelmente por mísseis”.
O anúncio da invasão russa foi feito por Putin, na madrugada desta quinta, durante um pronunciamento transmitido em cadeia nacional.
A Rússia tem mais de 150 mil soldados, tanques e mísseis posicionados ao longo da fronteira ucraniana. O regime de Vladimir Putin —que, inicialmente, negou a intenção de invasão e acusou americanos de “histeria”— reclama de uma eventual adesão de Kiev à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar criada para fazer frente à extinta União Soviética.
Para Putin, a Otan é uma ameaça à segurança da Rússia por sua expansão na região. Por isso, o presidente quer uma declaração formal de que a Ucrânia nunca vai se filiar à aliança.
Em contrapartida, os Estados Unidos e países aliados do Ocidente (como o Reino Unido, França e a Alemanha) ameaçam o país com “sanções econômicas severas” e “resposta ágil”. A Rússia já anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, o que culminou em sanções econômicas dos EUA e da União Europeia. O país também é acusado de financiar os rebeldes pró-Moscou que controlam as autoproclamadas Repúblicas de Lugansk e Donetsk, na região de Donbass.
*Com informações do Uol
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