Em 30 de junho deste ano, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) denunciou, na Assembleia Legislativa (Aleam), a bilionária indústria que usa os serviços de manutenção da BR-319 para faturar, anualmente, entre R$ 100 e 200 milhões.
De lá para cá, nenhuma providência foi tomada até que, na última quarta-feira (28), ocorreu o desabamento da ponte sobre o rio Curuçá, no Km 12 da rodovia, resultando na morte de várias pessoas e deixando outras feridas.
A tragédia pode estar relacionada à farra da “indústria bilionária”, pois, conforme o Portal da Transparência do Governo Federal, um contrato, da ordem de quase R$ 34 milhões, garante a realização de obras de manutenção na BR envolvendo o trecho onde houve a tragédia.
A responsável
Conforme o Portal da Transparência, a empresa paranaense A G 0 Engenharia de Obras recebeu R$ 31,2 milhões do Dnit para corrigir falhas no trecho onde a ponte de concreto desmoronou.
Caminhoneiros, que fazem parte do grupo on-line BR-319 Um Direito Nosso, escreveram à coluna dizendo que a ponte “estava caindo aos pedaços” e muitos alertas sobre a ocorrência de uma possível tragédia foram feitos às autoridades.
“Entretanto, nossos alertas foram ignorados”, afirmou um caminhoneiro.
Farra a olhos vistos
Em 30 de junho, em discurso no Legislativo Estadual, o deputado Serafim Corrêa mostrou como funciona o esquema da “indústria da manutenção” da BR-319.
“Está muito clara a ‘indústria da manutenção’ da estrada. Quando vem o verão, é feita a manutenção, mas ela fica no barro. Não é asfaltada, não há drenagem e nem nada disso. Vem a chuva, as carretas pesadas que trafegam não têm uma balança para coibir seu tráfego e o resultado disso é que a estrada é destruída. Quando ela é destruída, fica garantida a contratação das mesmas empresas para fazer a manutenção”.
Segundo o parlamentar, o Governo Federal já gastou mais de R$ 3 bilhões com a indústria, incluindo pontes improvisadas.
Ponte metálica
Depois da tragédia, o DNIT e o Exército Brasileiro anunciaram uma ponte metálica para substituir a ponte de concreto que foi tragada pelas águas do paraná do Curuçá.
O objetivo é normalizar o tráfego na área e amenizar a onda de protestos das famílias indignadas com o acidente ocorrido na manhã de quarta-feira passada com vítimas fatais.
Wilson com folga
Números da pesquisa estimulada da Real Time Big Data, divulgada na quarta-feira (28), destacam o governador Wilson Lima (União Brasil) à frente da corrida eleitoral, com 36% das intenções de voto.
A seguir, aparece Amazonino Mendes (Cidadania), 25%, enquanto Eduardo Braga (MDB) fica em terceiro lugar com 17%. Ricardo Nicolau (Solidariedade) é o quarto colocado, com 7%.
Carol Braz (PDT) tem 3% e Henrique Oliveira (Podemos), 3%.
Moraes e os “valentes”
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, não acredita em atos violentos que tumultuem as eleições do próximo domingo, 2 de outubro.
Reunido com dirigentes de centrais sindicais, ele disse que “os valentes” em redes sociais não têm coragem na vida real e, portanto, descartou tumultos no domingo.
Armas proibidas
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou ontem a restrição ao transporte de armas e munições por colecionadores, atiradores e caçadores.
Os chamados CACs não poderão usar armas no dia das eleições e nas 24 horas anteriores e seguintes ao pleito que ocorrerá no próximo domingo.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a medida restringirá a circulação de armas e garantirá a segurança do processo eleitoral.
Hora D
A decisão do TSE de encerrar a votação de domingo às 16 horas continua a ser criticada nas redes sociais por internautas amazonenses.
Tradicionalmente, um grande número de eleitores costuma votar após às 16 horas, mas com a uniformização do horário em todo o país, os eleitores amazonenses terão que acordar mais cedo para votar.
Em Manaus, a corrida às urnas começa às 7hs e o encerramento da votação, às 16hs. Em 11 municípios do Estado, o processo inicia às 6hs e termina às 15hs.
“Efeitos devastadores”
O ministro Luís Roberto Barroso relata no STF uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) movida pelo partido Cidadania contra a exclusão da isenção do Imposto de Importação e do IPI nas operações com petróleo e derivados por empresas da Zona Franca de Manaus.
Para o Cidadania, a lei produzirá “efeitos devastadores” não só para a indústria do petróleo instalada na região, mas para a própria existência da área livre de comércio.
Segundo o partido, a exclusão se opõe ao objetivo constitucional de redução das desigualdades regionais, considerando a relevância do regime fiscal da ZFM para o desenvolvimento social e econômico da região e do país.
Transporte grátis
De acordo com o prefeito David Almeida, a gratuidade do transporte público em Manaus, no próximo domingo, beneficiará, principalmente, o eleitor de baixa renda que terá facilitado o deslocamento de um ponto a outro da cidade para votar.
A gratuidade, assegurada em decreto publicado no Diário Oficial do Município, valerá das 4h da manhã até às 20hs de domingo.
Em várias outras capitais do país o transporte é pago.
Compra de votos
Atenta a desvios de conduta neste final de semana por parte dos concorrentes às eleições de 2022 no Amazonas, a Polícia Federal prendeu, em Tefé, servidores da Prefeitura de Maraã que portavam R$ 78,6 mil em dinheiro vivo.
A PF já abriu inquérito para averiguar se a quantidade de dinheiro apreendida está relacionada à compra de votos.
87 cheques
A Polícia Federal também apreendeu 87 cheques e R$ 34 mil em dinheiro com cabos eleitorais no Amazonas, entre quarta e quinta-feira.
A grana em espécie estava em poder do irmão de um candidato a deputado federal, em Manaus, enquanto os cheques estavam com duas assessoras de um candidato ao governo estadual, em Coari, segundo divulgou O Globo.
Com os cheques havia “diversos contratos genéricos de prestação de serviço para o dia 02, dia da votação do primeiro turno”.
Debate ruim
Sem a presença dos candidatos Amazonino Mendes (Cidadania) e Wilson Lima (União Brasil), foi muito ruim o debate de ontem, na TV Norte, que fechou a campanha eleitoral em seu primeiro turno no Amazonas.
Os candidatos abusaram da tropa de farpas, ignorando a abordagem de temas importantes como educação, saúde, infraestrutura e bioeconomia. Preferiram a baixaria.
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