A jornalista e apresentadora Glória Maria morreu, na manhã de ontem (2), e exercia a profissão desde o início dos anos 1970. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da TV Globo e, a comunicadora deixou duas filhas adotivas.
Em nota pela empresa de comunicação, relatou o motivo do seu falecimento. “Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia, e metástase no cérebro, tratada cirurgicamente – inicialmente também com êxito. Em meados do ano passado, a jornalista iniciou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias”, disse.
A Tv Globo ainda acrescentou quanto a relevância da jornalista para a categoria. “Glória marcou a sua carreira como uma das mais talentosas profissionais do jornalismo brasileiro, deixando um legado de realizações, exemplos e pioneirismos para a Globo e seus profissionais”, finaliza.
Glória estava internada no hospital Copa Star, em Copacabana, desde o dia 4 de janeiro. Em dezembro do ano passado, a decana do jornalismo global foi afastada da apresentação do “Globo Repórter” para cuidar de sua saúde.
Não tinha sido o primeiro afastamento dela por razão médica. Glória Maria chegou a ficar afastada por quase dois anos da apresentação do programa por conta de, inicialmente, uma licença médica para operar um tumor no cérebro, no final de 2019, e depois por conta da pandemia da Covid-19.
Jornalista pioneira
Glória colecionou momentos em que realizou algo pela primeira vez no jornalismo brasileiro.
Ela foi a primeira repórter a entrar ao vivo, e em cores, no Jornal Nacional, quando em 1977 mostrava o movimento de saída de carros em um final de semana da capital fluminense.
Glória também fez a primeira transmissão em HD da televisão brasileira, em uma reportagem do Fantástico em 2007.
Pelo dominical da TV Globo, a jornalista colecionou mais de 100 países visitados. Cobriu a guerra das Malvinas, em 1982, a invasão da embaixada brasileira no Peru por um grupo terrorista, em 1996, os Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, por exemplo.
Fez entrevistas com diversos chefes de Estado – inclusive contava que o ditador militar João Figueiredo a tinha como desafeto.
Leia mais:
1º encontro dos profissionais da cultura e arte cristã
<strong>Manauscult inicia projeto de divulgação dos espaços culturais de Manaus</strong>
Ufam promove Seminário sobre Sociedade e Cultura na Amazônia