A poliomielite, também chamada de ‘paralisia infantil’, é uma doença infectocontagiosa transmitida por um vírus. Ela é caracterizada por um quadro de paralisia flácida. A doença é ‘antiga’, temida no mundo todo no início do século 20 e no Brasil. O último caso ocorreu em 1989, na Paraíba. E apesar de ter sido erradicada na África este ano, a pediatra da Audimed Saúde, Therla Monteiro, destaca que ainda é possível que o vírus circule por aí e, por isso, é muito importante manter a vacinação por muito tempo, para impedir que a doença volte.
“A doença preocupa porque é de fácil propagação/ contaminação. As crianças são imunologicamente mais suscetíveis e possuem hábitos higiênicos que facilitam a disseminação principalmente no meio familiar”,
explicou a médica.
A pediatra explica que apesar de ser uma infecção com sintomas mais leves na maioria dos casos, a preocupação se dá pela manifestação mais grave da doença, que pode levar a forma paralítica após dez dias de contágio.
“Os membros inferiores costumam ser mais afetados e na forma mais grave a paralisia do diafragma e músculos intercostais levam a falência respiratória”.
AM tem somente 63% de crianças vacinadas
Somente 63% das crianças do estado do Amazonas estão vacinadas contra a poliomielite que causa a paralisia infantil. O alerta é da Fundação de Vigilância em Saúde, que reforça a importância da vacinação e destaca que doses de vacina contra a doença estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde do Estado.
Essa taxa está muito abaixo do que estabelece a Organização Mundial da Saúde, de 95% de imunizados para evitar a doença. Lembrando que a vacina da pólio é aplicada em crianças menores de cinco anos, em três doses, mais dois reforços, conforme estabelecido no calendário nacional.
Importância da vacinação
A especialista explica que a poliomielite pode ser prevenida pela imunização com vacinas de vírus inativados (Salk) ou por vacinas de vírus atenuados (Sabin).
“Desde quando iniciou o Plano de Erradicação da Poliomielite Causada pelo Poliovírus Selvagem houve um decréscimo de mais de 90% da doença no mundo”,
destacou.
No Brasil, o programa Nacional de Imunizações prevê a administração oral da vacina Sabin aos 2, 4 e 6 meses, com reforço aos 18 meses.
*Com informações da assessoria
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