Manaus (AM) – A insegurança afeta, diariamente, milhares de pessoas em Manaus, em razão dos diversos tipos de crimes que ameaçam a população. Entre esses crimes, muitos estabelecimentos acabam sendo vítimas de assaltos, que resultam em prejuízos financeiros. Nesse sentido, para trazer mais segurança para a população, após 72 anos de atuação, a Prefeitura de Manaus definiu que a Guarda Municipal passará, pela primeira vez, a trabalhar armada na capital.
Para intensificar a segurança da população na capital, a Prefeitura, em parceria com a Polícia Federal, assinou o Acordo com Cooperação Técnica (ACT) para liberar o porte de armas funcionais pela Guarda Municipal. O acordo também inclui aulas de tiro e teste psicotécnico para os guardas.
Para a dona da loja JC Variedades, Fátima Moreira, o ACT vai proporcionar mais segurança para as pessoas que vivem em Manaus. O dono da loja de bolos Tia Lelê também olha de forma positiva para o acordo.
“Quanto mais instrumentos protetores disponíveis, eu sinto que há mais segurança para a população e, consequentemente, para nós, donos de estabelecimentos”,
ressalta José Capobiango, um dos proprietários do estabelecimento.
Crimes afetam comércios
A loja JC Variedades, localizada no bairro Alvorada, Zona Centro-Oeste de Manaus, foi um dos estabelecimentos vítimas de assalto. Conforme a dona do empreendimento, Fátima Moreira, o assalto aconteceu em setembro de 2021, após os funcionários saírem da loja para almoçar, por volta de 12h.
“(Um homem e uma mulher) simularam que fizeram umas compras e foram para o caixa. Eu ainda passei todas as compras no caixa. Eles levaram uma bacia, um porta-retrato e outra coisas. Quando eu falei o valor, eles anunciaram que era um assalto”,
afirma Fátima, a dona da loja de variedades.
Em seguida, os dois pediram o celular de Fátima, porém a dona do estabelecimento disse que não levou o aparelho celular. Irritados, a dupla insistiu, aos gritos e xingamentos, para que a dona do estabelecimento entregasse o celular. Sem sucesso, os dois pediram para que Fátima abrisse o caixa da loja.
“Eu abri o caixa e ainda tinha R$ 500. Na verdade, eu vou tirando o dinheiro do caixa e escondo, mas nesse dia eu não tinha tirado ainda. Eu sempre deixo só os trocados, porque a gente fica com tanto medo de assalto que a gente já espera. Só Deus para nos livrar. Aí eles levaram essa quantia do caixa e de mercadoria levaram R$ 200”, conta Fátima.
Ao todo, a dupla roubou aproximadamente R$ 700 da loja JC Variedades. Mesmo assim, o homem e a mulher ficaram insatisfeitos em não levar o celular de Fátima e, por esse motivo, deram uma coronhada em seu braço com uma arma.
Roubo em loja de construção
Outro estabelecimento comercial que foi assaltado em Manaus foi a loja Fortfuso, situado no bairro Cachoeirinha, Zona Sul da cidade. Por volta das 11h da manhã, de outubro de 2021, dois homens vestidos com o uniforme da Amazonas Energia entraram na loja.
Segundo o dono do estabelecimento, João Miguel Neto, os dois homens esperaram sair três clientes para agir. Assim, quando estavam presentes apenas três clientes e mais quatro funcionários, a dupla anunciou o assalto.
“Levaram os celulares e o dinheiro dos clientes. Na época, tive que ressarcir cerca de R$ 3,8 mil para os clientes que estavam dentro do estabelecimento. Dos nossos colaboradores também levaram dois celulares. No caixa, tinha um pouquinho de dinheiro, aproximadamente uns R$ 800, e levaram também uma caixa de som”, diz João.
Furto de cabos
A loja de bolos Tia Lelê também não escapou de crimes que afligem a população. Segundo um dos proprietários do estabelecimento, José Capobiango, a confeitaria teve seus cabos de energia furtados por assaltantes durante a noite.
“A gente tem uma equipe de segurança que detectou que a energia do estabelecimento havia sido interrompida. Quando chegamos para ver o que aconteceu, vimos que o cabo já havia sido todo rompido. Então, reforçamos a segurança com relação a esse tipo de roubo. Mas graças a Deus, não houve caso de assalto a mão armada”,
relembra José.
No total, foram roubados cerca de quatro metros de cabo de 95 milímetros. Além dos custos com os cabos, José conta que a loja precisou arcar com outros custos como a mão de obra para a nova instalação.
“Tivemos os prejuízos indiretos, pois ficamos sem energia por cerca de quatro horas e a gente precisa da refrigeração dos produtos à noite. Não foi muito tempo, mas afetou um pouco”, afirma José.
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