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Crueldade

Criança agredida por padrasto com ripas ficou quatro dias sem conseguir defecar e urinar após violência

Crime ocorreu em junho deste ano no bairro Alvorada, zona centro-oeste

Foto: Divulgação

Manaus (AM) – O menino de 4 anos que foi agredido pelo padrasto José Matheus Oliveira Gomes, de 31 anos, conhecido como “Justin”, ficou quatro dias sem conseguir defecar e urinar devido às agressões sofridas, segundo a polícia.

A prisão do acusado ocorreu na terça-feira (2), mas o crime ocorreu em 17 de junho deste ano, no bairro Alvorada, zona centro-oeste de Manaus.

O homem estava foragido da Justiça pelo crime e foi localizado em um sítio na rodovia AM-070 (Manoel Urbano), em Iranduba. Ele já possui vários Boletins de Ocorrência (BOs) por crimes de violência doméstica contra ex-companheiras e uma prisão por tráfico de drogas.

Crime

Conforme o delegado Henrique Brasil, que está respondendo interinamente pela Depca, inicialmente o Conselho Tutelar foi acionado na escola da criança após ela se queixar de dores no abdômen. A conselheira notou hematomas na barriga, nádegas e pernas e, ao questionar a criança, ela relatou ter sido agredida pelo padrasto.

“A vítima participava de atividades físicas escolares e se queixava de dor, o que chamou a atenção dos professores, que identificaram inicialmente as lesões. Ao ser questionada, a mãe da criança informou que o padrasto bateu no seu filho com ripas e socos para ‘corrigi-lo’. O homem é lutador e conhecido por ser agressivo, inclusive com registros de violência doméstica contra ex-companheiras”, relatou o delegado.

Segundo a autoridade policial, a criança foi encaminhada à delegacia e levada a uma unidade de saúde para atendimento médico. Em entrevista especial, o menino relatou ter sido agredido outras vezes pelo homem. Atualmente, a criança está sob a responsabilidade do avô materno.

Com base em todas as informações coletadas, a delegada Juliana Tuma, titular da Depca, representou à Justiça pela prisão preventiva do agressor, e a ordem judicial foi decretada pelo Poder Judiciário.

Após atendimento médico, o menino ficou, aproximadamente, quatro dias sem conseguir defecar e urinar devido às agressões sofridas. Também será investigada a possível omissão da mãe em relação ao crime.

Prisão

Segundo o delegado Fábio Aly, titular da Polinter, o autor estava foragido há cerca de 20 dias. No entanto, na terça-feira (2), após denúncias anônimas, ele foi preso em um sítio localizado no ramal do Paricatuba.

“Após recebermos a denúncia, localizamos e prendemos rapidamente o autor. A equipe da Polinter monitora denúncias contra foragidos. Pedimos à população que continue denunciando por meio do WhatsApp (92) 3667-7727, da nossa unidade policial”, afirmou Fábio Aly.

Durante o interrogatório, o infrator negou ter agredido o enteado, alegando que a criança havia caído em um bueiro em frente à sua casa no dia anterior.

“O homem tentou culpar sua companheira, afirmando que, se houve alguma agressão, foi cometida por ela. No entanto, temos inclusive um áudio que relata que a agressão foi cometida por ele mesmo”, detalhou o delegado Henrique Brasil.

José Matheus responderá por lesão corporal dolosa, violência doméstica contra mulher, criança ou adolescente e omissão de socorro. Ele ficará à disposição da Justiça.

*Com informações da assessoria

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