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Buscas

Buscas por indigenista e jornalista seguem com ajuda de helicóptero e embarcações no AM

Eles desapareceram no Vale do Javari, na Amazônia, quando faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte

Manaus (AM) – A Marinha do Brasil segue com as buscas, nesta terça-feira (7), pelo indigenista Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do The Guardian no Brasil, que estão desaparecidos em uma área do município de Atalaia do Norte, na região do Alto Solimões, no interior do Amazonas.

Eles estão desaparecidos desde o último domingo (7). Na segunda-feira (6), a Marinha enviou uma equipe Busca e Salvamento (SAR) da Capitania Fluvial de Tabatinga para o município de Atalaia do Norte (AM) para auxiliar nas buscas a uma embarcação de pequeno porte com dois tripulantes.

Sete militares da Marinha do Brasil, com auxílio de uma Lancha, atuam nas atividades de busca. Durante toda a tarde de segunda foram realizadas ações nos rios Javari, Itaquaí e Ituí.

Logo nas primeiras horas desta terça, um helicóptero do 1º Esquadrão de Emprego Geral do Noroeste foi empregado, além de duas embarcações e uma Moto Aquática.

Desaparecimento

Eles desapareceram neste domingo (5) por volta das 6h, no Vale do Javari, na Amazônia, quando faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte, distante 1.135km de Manaus.

Segundo a lideranças da Univaja, a viagem tinha o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena localizada próxima ao chamado Lago do Jaburu (próxima da Base de Vigilância da Funai no rio Ituí), para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas.

Dom Phillips e Bruno viajavam em uma embarcação nova, com motor de 40HP e 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem, e sete tambores vazios de combustível. Eles chegaram ao local de destino (Lago do Jaburu) em 3 de junho de 2022, às 19h25 e retornaram no dia 5, logo cedo para a cidade de Atalaia do Norte.

Antes de chegar ao destino final, no entanto, pararam na comunidade São Rafael, em uma visita previamente agendada, para que o indigenista fizesse uma reunião com o líder comunitário conhecido como “Churrasco”. O encontro tinha o objetivo de consolidar trabalhos conjuntos entre ribeirinhos e indígenas na vigilância do território, bastante afetado pelas intensas invasões

Eles chegaram ao local por volta das 6h, onde conversaram com a mulher do líder comunitário, porque o mesmo não estava no local. Depois, partiram rumo a Atalaia do Norte, uma viagem que dura cerca de duas horas, mas nunca chegaram ao destino final.

“Às 16h (do domingo), outra equipe de busca saiu de Tabatinga, em uma embarcação maior, retornando ao mesmo local, mas novamente nenhum vestígio foi localizado. Vale ressaltar que o indigenista Bruno Pereira é uma pessoa experiente e que conhece bem a região, pois foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos”, afirma o advogado da Univaja, Eliésio Marubo.

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