Manaus (AM) – Saúde, educação, segurança, emprego e infraestrutura. São esses quesitos que fazem a maioria dos eleitores pensar sobre em quem votar nas eleições para presidente e governador. Por mais que esses sejam alguns direitos essenciais para todo cidadão, nem todos têm a oportunidade de ao menos ter o básico. Neste domingo (2), ficou definido que Wilson Lima (União Brasil) e Eduardo Braga (MDB) vão decidir o pleito no segundo turno.
O cientista político Helso Ribeiro afirma que, no caso da violência, é necessário que município, Estado e União trabalhem juntos.
Só a capital Manaus tem cerca de 2,3 milhões de pessoas e proporcionar segurança será um dos principais desafios do novo gestor.
“Você vê que a violência aqui no nosso estado muitas vezes vem do tráfico de drogas. Portanto, não tem como um município conturbado resolver isso sozinho e por isso a União tem que entrar. Se não houver essa cooperação, eu acredito que haverá muito discurso e o resultado vai continuar na mesma”,
explica.
A segurança pública é um assunto no qual a população sempre bate na tecla. Uma das queixas dos cidadãos é o fato de que muitos policiais trabalham em funções administrativas e não nas ruas. Para Ribeiro, há um desvio de função quando esses servidores trabalham ocupando cargos que não sejam os que eles devem cumprir. “Isso é só mais um acréscimo para enfraquecer a segurança pública”, argumenta.
Educação no interior
Quanto à educação, o Amazonas ainda é um estado onde a educação é precária segundo o especialista, pois os interiores são os mais afetados pela falta de estrutura nas escolas e no ensino do conhecimento. Para Helso Ribeiro, o futuro ainda vai continuar na base do discurso enquanto os governos não quiserem mudar.
“O Amazonas é um estado rico, mas ainda, em alguns lugares, o IDH é baixíssimo e o índice de educação é comparado com os piores IDHs do mundo. A gente vê muitos discursos dos prefeitos e governadores. Muitos países conseguiram resolver isso com escolas de tempo integral e aqui no Brasil isso ainda não vingou, infelizmente. Aqui no Amazonas, menos ainda”,
alerta o especialista.
Atenção à Zona Franca
Não podemos esquecer do tema mais importante para o eleitor, emprego. Com a pandemia da Covid-19, muitos amazonenses ficaram desempregados e para conseguir um meio de sustentar a família, muitos se submeteram a trabalhar por salários baixíssimos e em situações precárias. Ribeiro salienta que a Zona Franca continua sendo o motivo de preocupação dos amazonenses, haja vista que, ao mesmo tempo em que pode trazer esperança de trabalho, também é considerada o fim para muitas empresas jovens que dependem dela para sobreviver.
“Isso vai depender muito do crescimento do país. Nós temos até um polo industrial pujante, só que, com as últimas apunhaladas do ministro Guedes, com aval do presidente Bolsonaro, fica difícil novas indústrias quererem se instalar aqui. Se conseguirmos manter, já é um bom resultado”,
afirma.
Mas, para fomentar a economia e gerar emprego no estado, o especialista garante que há outras perspectivas que deveriam ser olhadas com mais atenção, como o turismo, biofármacos, desenvolvimento do comércio, relação com outros países vizinhos. Esses são pontos que precisam ser olhados com mais carinho pelo próximo governador do Amazonas.
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