Manaus (AM) – O suspeito de pedofilia, Thalisson Renato dos Santos Melo, de 24 anos, foi preso novamente, nesta quinta-feira (24), por indícios apontarem que ele estuprava as afilhadas e vizinhas, além de filmar o abuso sexual. Na última terça-feira (22), ele foi preso por armazenar mais de 800 conteúdos de pornografia infantil, mas foi solto pela juíza Suzi Irlanda de Araújo Granja da Silva.
Desta vez, Thalisson foi preso após a Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA) colher os depoimentos de cinco vítimas, de 6 a 10 anos, que confirmaram que ele abusou sexualmente delas.
A confirmação pegou de surpresa as mães das crianças, já que o suspeito é vizinho e tem um vínculo familiar com as vítimas. Além disso, era padrinho de duas delas.
“Elas são crianças que são do convívio dele. Inclusive, duas crianças são afilhadas. Então a família confiava e ele produzia mídias pornográficas, utilizando-se dessas crianças, filmando, tirando a roupa delas”,
revelou a delegada-titular Joyce Coelho.
Quando o suspeito de pedofilia teve a liberdade provisória concedida, a DEPCA se preocupou, pois como ele morava em uma vila junto com as vítimas, ia ter contato direto.
“Essa foi a nossa maior preocupação com a liberdade dele. Porque ele reside em uma área de vila e todas essas crianças moravam ali, ou seja, ele tinha livre acesso, era muito próximo esse contato”, afirma a delegada da especializada.
Quando as vítimas souberam da prisão do suspeito, assustadas, contaram sobre os abusos sexuais para as mães, que foram pegas de surpresa com a noticia. Durante o depoimento, as vítimas se reconheceram nas imagens pornográficas.
“As crianças estavam assustadas. As mães todas foram surpreendidas e ao saberem da prisão dele, algumas crianças começaram a contar, se reconhecer em algumas imagens, então isso foi muito chocante para as famílias. Ainda mais porque todos viviam no mesmo ambiente”.
Como ele agia
Segundo o depoimento das vítimas para a DEPCA, como ele era um familiar de confiança e padrinho das crianças, ele seduzia elas com presentes.
Para gravar as mídias, ele levava elas até o quarto dele para entregar o que prometeu, e lá tirava a roupa delas e em seguida gravava os conteúdos pornográficos. Após o ato, pedia para as crianças não falarem e dava algo em troca.
“Para gravar essas mídias, era um padrinho que acabava seduzindo com presentes, levando para o quarto dele e gravando essas mídias pornográficos. As crianças o conhecem, tem até vinculo de parentesco com ele, então elas verbalizam de uma maneira muito natural como era o ato”, destaca Joyce.
A delegada ainda ressalta que muitas delas não tinham noção do que estava acontecendo e, por isso, não viam a gravidade do abuso sexual.
Além de ter sido flagrado com armazenamento de mais de 800 fotos e vídeos de pornografia infantil, Thalisson vai responder por estupro de vulnerável.
A DEPCA trabalha agora para identificar as vítimas das trocas de mensagens nas redes sociais.
Edição: Leonardo Sena
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