Manaus (AM) – O Ministério Público do Amazonas (MPAM) determinou ao diretor presidente da Amazonas Energia, Marcio Pereira Zimmermann, o prazo de 24 horas para a retirada da propaganda sobre a instalação do Sistema de Medição Centralizada (SMC), conhecidos como medidores aéreos, de todos os veículos de comunicação. A promotora do caso, Sheyla Andrade dos Santos, afirmou que a peça publicitária configura conteúdo ofensivo.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do MP-AM, na última sexta-feira (2), com o prazo de 48 horas para que a empresa se manifestasse a respeito. O órgão prevê a adoção de medidas administrativas e ações judiciais cabíveis contra o responsável em caso de descumprimento. Em declaração ao Em Tempo, o vereador Roberto Sabino (Podemos) afirmou que entende a decisão como um primeiro passo para a anulação dos medidores aéreos.
“É um processo longo, mas não impossível de se conquistar. Se continuarmos com os protestos do povo juntamente com o poder político, podemos sim mudar esta situação e acabar com essa ação dos medidores da Amazonas da Energia. Reafirmo que sou totalmente contra os medidores e a sua falta de transparência para com a população”, afirmou.
A peça publicitária foi divulgada pela empresa com a finalidade de fazer esclarecimentos sobre como seria o funcionamento e os supostos benefícios dos aparelhos. O vereador Allan Campelo (PSC) alegou que o comercial da empresa realmente tem um conteúdo muito ofensivo, por acusar os consumidores que são contra as instalações dos medidores.
“Realmente o comercial tem um conteúdo muito ofensivo, por acusar os consumidores que são contra a instalação dos medidores de serem a favor do crime. Então, o Ministério foi bem assertivo ao retirar essa propaganda do ar”,
declarou.
O prefeito de Manaus, David Almeida, sancionou no dia 31 de março, o Projeto de Lei (PL), que proibia a instalação dos medidores aéreo, na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Porém, no final do mês passado, o juiz Ricardo Sales, da 3ª vara da Justiça Federal, proibiu o Executivo de aplicar qualquer medida, como multas, contra a instalação dos equipamentos pela empresa.
A decisão intensificou a opinião de vereadores contra a Amazonas Energia, que apoiam a mobilização popular contra os medidores aéreos. Parlamentares e moradores afirmaram que os medidores apresentam dificuldade para verificação do controle de consumo da energia elétrica e também a poluição visual pelos fios dos aparelhos.
O vereador Caio André (PSC) declarou que tem convicção de essa decisão do Ministério foi a mais correta e esperada pela população. Encerrou sua fala, parabenizando o MP-AM pela decisão contra a concessionaria de energia.
“A concessionária de energia precisa entender, de uma vez por todas, que a vontade da população é soberana e que ela, a empresa, presta um serviço público, portanto, precisa respeitar a vontade popular.
O conteúdo dessa propaganda não só desrespeitava os homens e mulheres de bem da nossa sociedade, bem como desafiava, para um confronto direto, a população que desaprovou a instalação desses medidores aéreos. Parabenizo o MP-AM pela decisão, pois acredito que é um posicionamento correto e que atende o anseio dos manauaras”, declarou.
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