Sol, calor, aumento da vasodilatação do sistema circulatório e da sensação de peso e cansaço nas pernas. Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), durante o verão, as queixas sobre varizes aumentam de 20% a 30% devido a sobrecarga da circulação sanguínea e a dilatação dos vasos.
Para evitar o agravamento do quadro, o angiologista Paulo Laredo, especialista em varizes, alerta para jamais ignorar a gravidade dessa condição e não tratá-la apenas como um desconforto estético.
“Nunca é apenas estético, não deixe se enganar pensando que é apenas um vasinho sobressalente sem conexão com nada, é uma consequência de uma doença vascular que pode nem ter sido identificada ainda. Se não tratadas, elas podem se desenvolver para um quadro de trombose com embolia pulmonar e levar à morte. São assassinas silenciosas.”,
afirma.
Alto risco de trombose
A trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa maior inchaço e dor na região. O problema é quando o tratamento segue negligenciado e ela evolui para uma embolia pulmonar.
“Ela é muito mais comum de ocorrer nas mulheres logo pela manhã e começa com o inchaço da perna esquerda, evoluindo para uma dor no peito e a falta de ar. O problema é que quando isso acontece, já é tarde demais. É necessário que a mulher evite esse agravamento”,
alerta o especialista .
Segundo o angiologista, um estilo de vida saudável já diminuiu consideravelmente o risco do surgimento de varizes, ainda que com a predisposição genética. Exercícios regulares, manter o peso ideal de acordo com a idade e altura, fortalecimento da musculatura da panturrilha e uso de meias elásticas auxiliam a melhorar estes sintomas no verão, mas não resolverão o problema.
“Os tratamentos dependem da gravidade dessas varizes no corpo da mulher. Às vezes, parecem ser pequenos vasos danificados, mas quando vamos ver já estão comprometendo 80% da circulação. Por isso, o melhor remédio hoje ainda é o acompanhamento médico e um tratamento precoce dependendo do risco. Cada tratamento é individual”,
garante.
*Com informações da assessoria
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