Manaus (AM) – A partida entre RPE Parintins e Rio Negro, que aconteceu na noite desta terça-feira (19) pela quarta rodada do segundo turno do Campeonato Amazonense de 2024, pode ganhar contornos judiciais. A Procuradoria Geral do Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas disse que “há indícios fortíssimos de ocorrência de manipulação” de resultados, o que teria alterado o curso da disputa do jogo.
A entidade instaurou um inquérito para apurar a existência de infração disciplinar e determinar a autoria do caso. O duelo foi encerrado aos 25 minutos da segunda etapa após jogadores do Galo da Praça da Saudade abandonarem a partida alegando cansaço, deixando o time alvinegro abaixo do número mínimo de atletas para a realização do jogo – a equipe de Rio Preto da Eva vencia por 7 a 0 àquela altura.
“Os culpados serão punidos”, diz trecho final de nota divulgada, nesta quinta-feira (20), pelo Dr. Ruy Mendonça, Procurador Geral do TJD-AM. A partida aconteceu na casa do RPE Parintins, no estádio Francisco Garcia, o Chicão, em Rio Preto da Eva (distante 58 quilômetros de Manaus).
Denúncia
Na súmula da partida, divulgada nesta quinta-feira (20) pela Federação Amazonense de Futebol (FAF), o quarto árbitro da partida, Walter Francisco Nascimento dos Santos, informou que o presidente do Manauara, Marcus Paulo Rodrigues, estava nas imediações do campo antes da partida iniciar. Este, inclusive, teria entrado no vestiário da equipe de arbitragem para desejar um bom trabalho, de acordo com o quarto árbitro.
Após a partida, o lateral-direito Allefe, do RPE Parintins, acusou o presidente do Manauara de entrar no vestiário do Rio Negro. Em um post nas redes sociais, o jogador disse que a partida da noite de terça-feira foi “mais um capítulo triste para o futebol brasileiro”.
“Um time vem a campo com cinco jogadores no banco, faz um substituição no primeiro tempo e as outras quatro assim que começa o segundo. Depois disso, começa o antijogo, com treinador pedindo para jogador cair. Para completar, o presidente do time adversário, Manauara, junto com diretor e supervisor, entra no vestiário desta equipe (Rio Negro) para fazer o que não sei…”,
diz trecho do post, que foi excluído minutos depois.
Ainda na súmula, o árbitro adicional da partida, Antônio Carlos Pequeno Frutuoso, informou que o atleta Marcos Elielton, aos sete minutos do segundo tempo, orientou os companheiros, repetidas vezes, a “cair e sair do campo para o jogo acabar logo”.
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