Manaus (AM) – Sancionada no ano passado, a Lei nº 5492/2021, que cria o Dia Internacional da Mulher Indígena, vai muito além do que a instituição de uma data no calendário oficial do Estado. Para o deputado Roberto Cidade, presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), autor da proposta, é uma oportunidade de valorizar o legado ancestral dos povos indígenas.
“É uma data para nos lembrar que o racismo contra os indígenas tem impedido que aprendamos e compreendamos esse legado de sabedoria. São saberes e tradições que não podem ser esquecidos”,
destacou.
Segundo parlamentar, a proposta segue a data instituída mundialmente em 1983 – o Dia Internacional da Mulher Indígena, celebrado em 5 de setembro, para guardar na memória coletiva uma situação de enfrentamento e luta pela sobrevivência, vivida pela índia Aimará Bartolina Sisa, que, juntamente com seu marido, Túpac Katari, da mesma etnia, comandou uma rebelião contra os conquistadores e dominadores espanhóis, no Alto Peru, região atual da Bolívia, no século XVIII.
Cidade lembra também que no Brasil e nos países do Cone Sul, as mulheres indígenas desempenharam, historicamente, um papel fundamental como agentes de mudança nas famílias, comunidades e na vida do povo. “Por isso, é importante que também aqui no Amazonas, a gente reconheça e valorize essa memória de resistência das mulheres indígenas”, continuou.
Roberto Cidade acrescentou que o projeto faz parte de uma série de iniciativas de sua autoria, algumas que viraram leis estaduais, em defesa das mulheres.
“Meu trabalho pelas mulheres amazonenses é diário. Ao longo do meu mandato, são várias as ações e leis que visam garantir mais segurança e respeito por todas. Esse é um dos meus principais compromissos. É um trabalho que não pode parar”,
concluiu.
*Com informações do Metrópoles
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