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Justiça

‘Caso Djidja’: primeira audiência de instrução do caso é marcada por risos e lágrimas

Mãe e irmão da ex-sinhazinha, junto com mais oito pessoas, enfrentam acusações de tráfico de drogas

Divulgação

A Justiça do Amazonas iniciou na manhã desta quarta-feira (4) a audiência de instrução dos réus Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão da ex-sinhazinha Djidja Cardoso, encontrada morta em maio em Manaus. Eles, junto com mais oito pessoas, enfrentam acusações de tráfico de drogas.

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De acordo com a investigação, a família de Djidja criou o grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, que promovia o uso indiscriminado de cetamina, uma droga sintética com propriedades alucinógenas e de dependência.

A audiência, presidida pelo juiz Celso Souza de Paula, teve início às 9h e está sendo realizada por videoconferência. O promotor de Justiça André Virgílio Belota Seffair representa o Ministério Público (MP). As primeiras a serem ouvidas serão cinco testemunhas de acusação, seguidas por sete testemunhas de defesa. Por fim, os réus serão interrogados.

Dos dez acusados, quatro estão presos e seis respondem ao processo em liberdade. Até o momento, o MP acusou o grupo apenas de tráfico de drogas. Veja abaixo a lista dos réus e os crimes pelos quais são denunciados:

  • Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja): Tráfico de drogas e associação para o tráfico – presa.
  • Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja): Tráfico de drogas e associação para o tráfico – preso.
  • José Máximo Silva de Oliveira (dono de clínica veterinária): Tráfico de drogas e associação para o tráfico – preso.
  • Sávio Soares Pereira (sócio de José Máximo): Tráfico de drogas e associação para o tráfico – preso.
  • Hatus Moraes Silveira (coach): Tráfico de drogas e associação para o tráfico – preso.
  • Marlisson Vasconcelos Dantas (cabeleireiro): Tráfico de drogas – prisão domiciliar.
  • Claudiele Santos Silva (maquiadora): Tráfico de drogas – prisão domiciliar.
  • Verônica da Costa Seixas (gerente de salão de beleza): Tráfico de drogas – presa.
  • Emicley Araújo Freitas (funcionário de clínica veterinária): Tráfico de drogas – prisão domiciliar.
  • Bruno Roberto da Silva Lima (ex-namorado de Djidja): Tráfico de drogas – prisão domiciliar.

Durante a audiência, Ademar Cardoso, irmão de Djidja Cardoso, apareceu sorridente, usando o uniforme do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) I. Em contraste, a cabeleireira Claudiele Santos estava em lágrimas quando o juiz iniciou a sessão.

Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja, e Verônica também compareceram com o uniforme do presídio, sentadas lado a lado. O médico veterinário José Máximo e seu funcionário, Emicley Araújo, que estão presos, estavam juntos na audiência.

Bruno Roberto, ex-noivo de Djidja, manteve um semblante sério e só mostrou parte do rosto durante a audiência.

O promotor André Virgílio Betola Seffair destacou que Cleusimar Cardoso estava no núcleo central do esquema, mantendo um grande estoque de cetamina em sua residência para distribuição. Segundo o MP, Bruno Roberto da Silva Lima incentivava Cleusimar na busca por uma falsa elevação espiritual.

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