Codajás (AM) – A professora Luciana Araújo Correia decidiu mudar a realidade da Escola Estadual (EE) Prof. Luiz Gonzaga Souza Filho, em Codajás.
Durante muito tempo, o local abrigou uma lixeira viciada, até que, em 2020, a professora decidiu utilizar a educação ambiental e mobilizar os alunos para mudar a realidade.
Incentivada pelo Programa Ciência na Escola (PCE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), a professora Luciana e as bolsistas Maria Fernanda de Souza, Luana Lima de Aquino e José Augusto dos Santos Queiroz, mobilizaram mais de 15 estudantes para o projeto “Contribuição ambiental através de implementação de jardim ecológico nos locais de lixeiras viciadas do município de Codajás-AM”.
A iniciativa teve como base as metodologias da Educação Ambiental abordadas pela professora, que leciona Química e Biologia.
“Quando pensei no projeto, quis aliar duas coisas: a iniciação científica e a intervenção na realidade deles. Quis fazer com que eles tivessem contato com as problemáticas da cidade para que a escola seja uma fonte de soluções”, explicou.
Após um processo de mapeamento, o grupo decidiu pela execução do trabalho nas proximidades da unidade de ensino. O espaço era conhecido como uma das principais lixeiras viciadas da cidade.
“As mudanças incluíram a conscientização dos moradores, tanto que hoje duas moradoras são as responsáveis pela continuidade do jardim”, lembra Luciana.
Experiência
Hoje, egressa da escola, uma das voluntárias Maria Fernanda de Souza, 18, destaca a importância de ter participado do projeto.
“Foi, sem dúvida, uma experiência que mudou minha vida e que vai fazer diferença no meu futuro, quando iniciar a faculdade. Além de ter tido contato com a pesquisa pude olhar de outra forma para o entorno da escola”, destaca a jovem.
A montagem do jardim inclui a compra de mudas e a colaboração tanto da vizinhança quanto dos órgãos de limpeza pública do município, que entenderam a importância de manter os cuidados com o ambiente.
Voluntária no projeto, Isa Vitória Aquino, de 15 anos, estudante da 1ª série do Ensino Médio quando participou da iniciativa.
“Para mim, foi interessante aprender fora da sala de aula, nos sentimos mais livres e a experiência torna tudo mais atrativo”, destacou.
*Agência Amazonas
Edição Web: Bruna Oliveira
Fotos: Euzivaldo Queiroz/Seduc-AM
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