Inaugurada em março de 1976 sob a euforia do governo militar do general Ernesto Geisel, a BR-319 era apontada como o grande sonho de libertação política do Estado do Amazonas, que passaria a se integrar aos mercados das regiões Sul e Sudeste.
Com 9 anos de idade à época, a Zona Franca de Manaus, também uma dádiva dos militares para os amazonenses, deslanchava sua força, acenando com uma explosão desenvolvimentista que, além do mais, iria impulsionar uma cadeia de grandes projetos envolvendo o interior do Estado.
O que hoje chamam de bioeconomia certamente se concretizaria por meio de fortes investimentos que os militares incentivariam, em parceria com o Governo Estadual, determinados que estavam em cumprir a máxima de “integrar para não entregar” o país que, então, via a Amazônia com olhos de progresso.
Mas, os militares passaram e, com eles, o sonho da BR-319 foi virando fumaça. De repente, aconteceram os boicotes da parte daqueles que temiam uma ZFM gigante e expandindo fronteiras por via rodoviária. O medo da concorrência levou os inimigos do modelo a simplesmente destruir a BR.
Agora, a rodovia em agonia, sofre mais um golpe fatal com a transferência de todas as competências do DENIT-AM para a esfera do DNIT de Rondônia com relação ao gerenciamento do Trecho do Meio. Se ninguém gritar, nem agir, o sonho de ver o tal Trecho totalmente revitalizado ficará mais distante e o Amazonas, cada mais isolado.
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