Manaus (AM) – A corrida eleitoral já se aproxima, e alguns nomes começam a ser apresentados, antes mesmo das convenções partidárias, que começam no dia 20 de julho e terminam no dia 5 de agosto, para os cargos na Assembleia Legislativa Estado do Amazonas (Aleam). Neste ano, no entanto, a configuração dos candidatos eleitos deve ser diferente dos anos anteriores. Como consequência, conforme cientistas políticos, a probabilidade de novos deputados estaduais na Aleam é alta.
Pelo menos 8,3% da Aleam será renovada com a troca de dois titulares legislativos para outros cargos. Um dos deputados atuais que confirmaram ao Em Tempo que não tentarão reeleição para o cargo é o parlamentar Saullo Vianna (União Brasil). Ele é pré-candidato para deputado federal pelo partido.
Outro que também decidiu tentar migrar de cargo é o deputado Ricardo Nicolau (Solidariedade). O parlamentar já anunciou que sua pré-candidatura para o Governo do Amazonas.
“Vamos trabalhar com um grupo unido que vai defender bandeiras importantes e mudanças efetivas no modo de governar o Amazonas. O Solidariedade será protagonista nessa eleição e, para isso, estamos preparando todos os candidatos para que estejam alinhados com um plano de governo para transformar e trazer novos resultados para o Estado”,
afirmou Nicolau.
Já entre os parlamentares que disputarão a reeleição, está, por exemplo, o deputado Sinésio Campos (PT), que será lançado juntamente com outros oito pré-candidatos: Antônio Peixoto, Cristiane Sales, Francisco Praciano, Francy Junior, Waldemir Santana, Jéssica Batista, João Taynah e João Souza.
Outro deputado da Aleam que tentará a reeleição é Serafim Corrêa (PSB). Os candidatos lançados pelo partido serão definidos nas convenções partidárias.
“Sim, eu serei candidato a reeleição, agora a questão de data da convenção, quem serão os candidatos, qual vai ser a estratégia, e quais vão ser as táticas, isso aí nós ainda vamos discutir. Vamos dar tempo ao tempo, as convenções são no dia vinte”,
disse Serafim.
Conforme o presidente do diretório estadual do PSC-AM, Miltinho Castro, os deputados estaduais Alessandra Campêlo (PSC) e Dr. Gomes (PSC), também vão concorrer à reeleição do cargo, e que outros nomes ainda serão definidos.
Pelo PL, a deputada estadual Therezinha Ruiz (PSC) participará do pleito para seguir mais quatros anos no mandato. Nesse sentido, no cenário onde estes cinco deputados atuais da Aleam participarão da disputa pela reeleição, ao menos 20% da casa pode permanecer, caso sejam eleitos.
Mudanças
Neste ano, há uma mudança legislativa que mudará o cenário político das eleições 2022. Conforme os cientistas políticos Carlos Santiago, e Helso Ribeiro, é a primeira vez que os deputados estaduais concorrerão ao pleito sem a possibilidade dos arranjos das coligações. Dessa forma, os candidatos às 24 cadeiras na Aleam poderão disputar apenas por meio de chapa única entre os seus próprios partidos, o que torna a eleição mais difícil.
É proibido a coligação proporcional, então os partidos políticos terão que montar uma chapa inteira para disputar as eleições para o cargo de deputado da assembleia. Sem as coligações proporcionais, e sem a coligação de vagas para deputados, os partidos terão que formar uma chapa própria para disputa das vagas, e alguns partidos não irão conseguir montar uma chapa repetitiva, inclusive, partidos que possuem parlamentares hoje. Isso irá dificultar as suas reeleições
“Então, cada partido vai lançar os seus nomes, a sua nominata. Eu diria que uma das características é que nós sabemos que os deputados estaduais e federais são eleitos por conta do quociente eleitoral. Eu entendo que, mais uma vez, nenhum candidato fará o quociente eleitoral sozinho. Então, será interessante a escolha criteriosa pelos partidos políticos de nomes que possam agregar votos, justamente para que possam fazer o quociente eleitoral”,
explicou.
Conforme o cientista político Helso Ribeiro, é certo que haverá renovações na Aleam nestas eleições, ainda mais com a nova configuração que não permite coligações. Para ele, menos da metade dos deputados estaduais atuais não vai compor a Aleam em 2023.
“Há uma tradição de que a Assembleia Legislativa se renova entre 40% e 55%. Acredito que não vai ser diferente dessa vez com essa dificuldade que eu coloquei anteriormente de não poder mais ter coligações. Então, cada partido que cuide muito bem da sua nominata para tentar atingir esse quociente eleitoral. Então, eu calculo menos da metade dos 24 não retornando”,
observou.
Outro fator que também contribui para a renovação na Aleam, de acordo com Carlos Santiago, é a troca de alguns deputados atuais na disputa pelo executivo ou para deputado federal.
“Então, a possibilidade de uma renovação significa na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas a partir de 2023 é positiva. Alguns parlamentares irão disputar outras vagas, não para a reeleição na assembleia, mas para governo ou para vice e também para a Câmara dos Deputados. Tudo isso vai facilitar uma renovação significativa na Assembleia Legislativa do Amazonas”,
analisou o cientista político.
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