Desde quando foi inaugurada, em março de 1976, dizia-se que a BR3-19 seria a libertação do Amazonas e o seu grande salto rumo aos mercados do Sul e do Sudeste, e dali para os mercados internacionais. Com a Zona Franca de Manaus, o Governo Militar da época queria revolucionar e ocupar os estados do Norte do país a partir de um modelo que, baseado em incentivos fiscais, pudesse tornar pujante a região.
O sonho durou pouco, veio o fechamento da rodovia nos anos 80, veio o boicote deliberado à sua revitalização, de modo que os objetivos buscados pelos militares permanecem um desafio. Agora, sob o governo do presidente Jair Bolsonaro, a rodovia parece querer renascer das cinzas.
Na quinta-feira (28), o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, anunciou a liberação, por meio do Ibama, da licença prévia que possibilitará a realização do processo licitatório, antes da concessão da licença de instalação para que seja iniciado o processo final de repavimentação do trecho central da BR, ou seja, o chamado Trecho do Meio, com pouco mais de 400 quilômetros.
Na próxima segunda-feira, o governador Wilson Lima viajará a Brasília para manter importante audiência com Sampaio, quando serão tratados assuntos pertinentes às etapas burocráticas que antecedem o processo propriamente dito envolvendo a repavimentação do polêmico trecho.
A população do Amazonas sabe que a repavimentação não acontecerá como em um passe de mágica, pelo que se prevê que o processo final só aconteça em 2023. Mas, vê-se que o governo Bolsonaro está tirando das cinzas a rodovia que volta a fazer toda a Amazônia Ocidental sonhar com um futuro digno.
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