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Editorial

Facções do terror

a Amazônia cada vez mais ganha manchetes na imprensa internacional de forma bastante negativa, à custa das nefastas ações do crime organizado

Foto: Leonardo Milano/ICMBio

Infelizmente, a Amazônia cada vez mais ganha manchetes na imprensa internacional de forma bastante negativa, à custa das nefastas ações do crime organizado que, após aterrorizar o Sul e o Sudeste do país, direciona os seus tentáculos para o Norte, especialmente para o Amazonas.

No Vale do Javari, como em toda a região do Alto Solimões, os criminosos usam a violência sem limites para subjugar comunidades e intimidar os órgãos de segurança. A tática é a mesma usada nas favelas dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Os criminosos entendem que, agindo com extrema violência, como se pode constatar nos atos dos “piratas dos rios” e na forma como se deram assassinatos de indigenistas na região desde 2019, antes dos casos Bruno Pereira e Dom Philips, a resistência dos aparelhos de estado será mínima, não incomodando os negócios envolvendo a exploração de madeira, o garimpo ilegal, a invasão de terras indígenas e o tráfico de animais.

Nos dias que correm, é notório que o crime organizado se fortalece no Norte, conectando suas atividades aos cartéis que desafiam a lei e a ordem na Colômbia e no Peru. O movimento criminoso atende pelos nomes de Primeiro Comando da Capital (PCC), oriundo de São Paulo, e Comando Vermelho (CV), nascido em presídios e morros do Rio de Janeiro.

Conforme o coordenador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio Lima, há também o CCA (Comando Classe A), famoso por assassinar, de forma macabra, 62 presos do CV em 2019, e há, ainda, a facção denominada Os Crias, fruto de um racha da velha FDN (Família do Norte), radicada em Tabatinga já há algum tempo.

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