Tefé (AM) – Um protesto, organizado por alunos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), pediu o retorno do restaurante universitário no município. Ao todo, cerca de 100 estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação participaram do ato. O próximo passo é encaminhar a denúncia ao Ministério Público do Amazonas (MPAM), à Assembleia Legislativa do estado, à Defensoria Pública, e a parlamentares.
Para coincidir com o início das aulas no período da manhã, a manifestação iniciou as 8h em frente ao Centro de Estudos Superiores de Tefé (CEST), a unidade da universidade no município. O ato foi guiado pelos representantes de turma, idealizadores do protesto.
“Estudantes estão desistindo das aulas por falta de políticas que assegurem sua permanência, como é o caso do RU. Temos alunos que em solidariedade a outros colegas tem ajudado na alimentação para que todos continuem tendo o que comer, principalmente aqueles que moram fora da sede do município”, disse o estudante de pós-graduação da UEA, Huéfeson Falcão dos Santos, um dos organizadores do protesto.
Segundo ele, o restaurante universitário foi fechado durante a pandemia e quando as aulas retornaram neste ano, o espaço não foi aberto. “A UEA alega que está com problemas na contratação de uma nova empresa. Como alternativa, nos dão R$ 220 por mês, mas do jeito que as coisas estão caras isso não é o suficiente. Só paga uma refeição por dia, enquanto o RU fornecia três”, comenta o aluno.
O ato de hoje foi marcado pela elaboração de uma carta assinada pelos estudantes e que será entregue ao Ministério Público do Amazonas (MPAM), à Assembleia Legislativa do estado, à Defensoria Pública e a parlamentares. O documento pede a imediata reimplantação do restaurante universitário.
“Vale destacar que todos os outros Centros da Universidade já tiveram o retorno do R.U com oferta de três refeições diárias para os estudantes, servidores e terceirizados. Enquanto no Centro de Tefé apenas justificativas vazias e distorcidas. Essa luta é uma luta de quem tem fome!”, diz trecho da carta.
Outras entidades de luta ligadas à instituição, como o Diretório Central dos Estudantes da UEA e o Sindicato dos Docentes da Universidade do Estado do Amazonas (Sind-UEA) estão apoiando a mobilização. Ambos fizeram chamadas nas redes sociais para que mais pessoas da comunidade acadêmica aderissem ao protesto.
“A aula hoje foi na rua, porque é uma luta de toda a comunidade do CEST que há anos sofre com falta de atenção dos governos. Me solidarizo com as e os estudantes. As políticas de permanência estudantil precisam ser prioritárias”, pontua a professora da UEA em Tefé, Rita de Cássia Machado.
O que diz a UEA
Em vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta-feira (3), o reitor da UEA, André Zogahib, disse que a gestão da universidade está trabalhando para resolver a situação. Segundo ele, enquanto isso os alunos continuarão a receber um auxílio para custear a alimentação.
“A pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários junto com a pró-reitoria que o professor Walter cuida, que é a de Interiorização, estão trabalhando incansavelmente para que nós cadastremos os nossos alunos para recebimento de valores temporariamente, enquanto resolvemos as questões relativas ao restaurante de Tefé”, afirmou o reitor.
* Com informações da assessoria
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