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CHEIA NO AMAZONAS

Novo alerta de cheias reduz previsão de cota máxima para o Rio Negro

O levantamento destaca que a probabilidade de que o rio atinja a cota máxima histórica é de 8%

Foto: Antonio Pereira/Semcom

Manaus (AM) – A cota máxima a ser atingida pelo Rio Negro em Manaus deve ser de, aproximadamente, 29,65 metros neste ano. Os dados foram emitidos pelo terceiro alerta de cheia divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB – CPRM), nesta terça-feira (31), e apontam que a nova análise é 15 centímetros menor que os dados divulgados em abril. O levantamento destaca que a probabilidade de que o rio atinja a cota máxima histórica (30,02 metros em 2021) é de 8%.

Conforme dados do Porto de Manaus, o nível do Rio Negro na capital já chega a 29,47 metros nesta terça-feira. Desde o dia 7 de maio, a cota da água ultrapassou a marca de inundação severa, que é de 29 metros.

O projeto que anuncia a magnitude das cheias para Manaus, Itacoatiara e Manacapuru apresentou que os munícipios já ultrapassaram tanto a cota de inundação quanto a cota de inundação severa. A previsão é que o Rio Negro, em Manaus, atinja 29,65m, variando entre 29,47 e 30,00m. Tanto a cota de inundação (27,50m) quanto a cota de inundação severa (29,00m) já foram superadas no município.

Para o município de Manacapuru, a previsão é que o rio Solimões atinja um valor de aproximadamente 20,15m, variando entre 19,90 e 20,50m. A cota de inundação (18,20m) e a cota de inundação severa (19,60m) já foram superadas no município. A probabilidade de que o rio venha atingir a cota máxima histórica (20,86m em 2021) é de 2%.

Já em Itacoatiara, a previsão é que o rio Amazonas atinja a cota de 14,85m, podendo variar entre 14,76 e 15,00m. A cota de inundação (14,00m) e a cota de inundação severa (14,20m) já foram atingidas no município. Segundo o modelo utilizado, a probabilidade de que o rio venha superar a cota máxima (15,20m em 2021) é de 2%.

O meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Renato Senna, explicou que os oceanos Pacífico e Atlântico exercem forte influência no comportamento das chuvas da região Amazônica e faz com que o fenômeno das cheias seja diretamente relacionado à quantidade de chuvas que ocorre em toda a sua área.

No Estado do Amazonas, o SGB-CPRM desenvolve desde 1989 o “Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas” onde se realiza o serviço de monitoramento dos processos anuais de cheias e vazantes no sistema Solimões/Negro/Amazonas.

Pontes provisórias

A construção das pontes provisórias na rua Barão de São Domingo, localizada no centro de Manaus, iniciou nesta segunda-feira (30). A rua, afetada pela cheia do rio Negro, vinha sendo monitorada pela equipe da Defesa Civil por ser um dos principais acessos para o escoamento da produção agrícola das feiras Manaus Moderna e da Banana.

A construção de 300 metros de pontes na pista já constava no cronograma de atividades da Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg).

*Com informações da assessoria

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