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Agressão

Justiça decreta prisão de diretor da Gaviões por agredir parintinense em SP

Dionísio é diretor de barracão da Escola de Samba Gaviões da Fiel

Parintinense é o carnavalesco da Gaviões da Fiel (Foto: Reprodução)

A Justiça de São Paulo determinou a prisão preventiva de Thiago Carlos Dionísio após o carnavalesco Zilkson da Silva Reis, de 42 anos, ter confirmado à polícia que foi agredido por Dionísio no último domingo (27), no barracão da escola de samba Gaviões da Fiel, onde ambos trabalham.

Dionísio, que é diretor de barracão da escola de Samba Gaviões da Fiel, teve a prisão decretada após pedido da delegada Karla Regina, do 2º Distrito Policial de São Paulo — localizado no bairro do Bom Retiro —, que comanda as investigações.

Segundo apuração do UOL, ela ouviu Zilkson, que está internado em estado grave na Santa Casa de Misericórdia.

O carnavalesco prestou dois depoimentos no leito do hospital e apresentou confusão mental, mas confirmou que o agressor é Thiago Carlos Dionísio. Segunda a polícia, foi feita uma primeira busca para encontrar Dionísio, mas ele ainda não foi encontrado.

Versões conflitantes

Na noite de quarta-feira (30), uma mulher alegando abuso sexual, que teria sido cometido por Zilkson, registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher contra Zilkson por “importunação sexual”.

No depoimento, que o UOL Esporte teve acesso com exclusividade, a moça relata os fatos. No primeiro BO, disse que teriam ocorrido no dia 28. Depois, houve uma retificação e a data foi mudada para 27.

De acordo com o relato, ela e o namorado Thiago Dionísio, chegaram ao barracão por volta das 5h após terem saído da festa que tinha acontecido na quadra da escola, no bairro do Bom Retiro, onde fizeram uso de “grande quantidade de bebida alcoólica”.

Ainda segundo o depoimento da vítima, ela e Thiago foram para o quarto que ele ocupa quando está no barracão, onde tiveram relação sexual e caíram no sono. Quando ela acordou, por volta das 9h, foi surpreendida por um homem de camisa preta e calça jeans fazendo sexo oral nela. Ela descreve que gritou e empurrou o homem, que saiu calmamente do quarto.

Quando Thiago retornou ao quarto, ela diz ter contado o que aconteceu momentos antes e viu o diretor de barracão da escola sair do quarto, enquanto ela ficou para trocar de roupa.
Minutos depois, ao encontrar Thiago, ela relata que Thiago contou a ela que encontrou Zilkson e que ele o agrediu. O casal, segundo a moça, deixou o barracão da escola às 16h50 do dia 27 após ficarem sabendo dos fatos pela imprensa.

Nota apagada

A Gaviões da Fiel chegou a emitir uma nota oficial sobre o caso. O documento acusava o carnavalesco de tentativa de abuso a uma mulher, que teria pedido socorro. Integrantes da escola teriam, então, agredido o artista. No entanto, pouco depois de divulgar o texto em suas redes sociais, a escola apagou a publicação:

A versão apresentada pela Gaviões é refutada pelo advogada Ana Cláudia Vieiralves. Para ela, a causa mais provável para o ataque seria uma divergência gerada por cobrança de dívida por parte de Zilkson. “Acredito que a razão dessa brutalidade possa ser o atraso de pagamento do contrato do artista. O que fizeram com o Zilkson não foi uma defesa pessoal, foi um gesto de pura covardia”, afirmou a advogada.

De acordo com a apuração da reportagem, a escola de samba assinou um contrato no valor aproximado de R$ 90 mil pela prestação dos serviços do carnavalesco, porém não pagou parte do combinado. O atraso de duas semanas é encarado como algo rotineiro, sobretudo após a remarcação das datas dos desfiles no Sambódromo do Anhembi.

Além de Zilkson, a escola de samba está em atraso com o pagamento de outros colaboradores envolvidos com a criação de toda a estrutura do desfile de Carnaval, que acontecerá no dia 23 de abril. Os valores, no entanto, são mantidos em sigilo. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a Gaviões considera a situação sob controle já que tem receitas para receber e pretende fazer os pagamentos assim que os novos recursos chegarem.

*Com informações do Uol

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