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Suspensão de saltos

Confederação de Paraquedismo suspende saltos em Manaus, após morte e desaparecimento

De acordo com nota divulgada pela Confederação, a tomada de decisão aconteceu por conta da investigação em andamento e a segurança dos praticantes do esporte em Manaus

Foto: Reprodução

Manaus (AM) Após a morte da paraquedista Ana Carolina, de 27 anos, e do desaparecimento do advogado, Luiz Henrique Cardelli, a prática de paraquedismo está suspensa no Aeroclube de Manaus. A decisão, que partiu da Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPQ), nesta sexta-feira (22), leva em consideração o acidente que aconteceu no último dia 15 de abril, quando uma forte chuva atingiu a capital amazonense.

De acordo com a nota divulgada da Confederação, a decisão é devido a investigação em andamento e a segurança dos praticantes do esporte em Manaus. A suspensão terá um prazo inicial de 30 dias.

“Determina a suspensão temporária das atividades de salto no Aeroclube do Amazonas, na cidade de Manaus, até a finalização do Relatório de Investigação de Acidente (Relia), limitado a 30 dias a partir da data da ocorrência, ou revogação desta portaria”, diz parte da portaria.

No documento, o CNPQ ainda ressalta que destinará recursos financeiros para auxiliar nas buscas de Luiz Cardelli, que teve o sinal de telefone e equipamento de salto encontrado no Rio Negro, próximo o Cacau Pirêra.

Confira a decisão na íntegra:

Além da Confederação de Paraquedismo está investigando as causas do acidente, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) também já está apurando o caso e abriu um Inquérito Policial (IP).

Durante a investigação, a polícia busca entender se o resultado do fato era previsível, e se no momento do salto havia boas condições climáticas, já que Manaus está sendo alvo de chuvas diárias e existem regras para o salto ser liberado. Além disso será investigado se a autorização foi feita com segurança e dentro dos parâmetros legais para a prática do esporte.

Relembre o caso:

Um grupo de 14 paraquedista realizou um salto na última sexta-feira, quando a equipe foi surpreendida por uma forte chuva, atrapalhando a descida. Na ocasião, quatro paraquedistas foram levados pelo forte vento. Um dos esportistas caiu em meio a fiação elétrica no bairro Compensa, na Zona Oeste da capital, e foi socorrido por populares com a integridade física preservada.

Outros três paraquedistas caíram no Rio Negro, um foi resgatado ainda na sexta-feira por pescadores, que passavam pelo local e avistaram o homem no rio. A paraquedista Ana Carolina, de 27 anos foi encontrada sem vida na manhã de sábado (16). O corpo da jovem estava na ponta de uma praia, localizada no Distrito de Cacau Pirêra. 

O último paraquedista, Luiz Henrique, segue desaparecido. Equipes de autoridades do Amazonas estão em operação de resgate com 74 agentes das forças de segurança, com apoio de cinco embarcações e um helicóptero. Um gabinete de crise do governo estadual acompanha as buscas do paraquedista e a família além de montar uma equipe particular para encontrá-lo, também oferece uma recompensa de R$20 mil para quem encontrar o advogado com vida.

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