O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado (MPAM) e determinou a prisão preventiva de Bruno da Silva Gomes e Robson Silva Nava Júnior pela morte do jovem palestino Mohammad Manasrah, de 20 anos, ocorrida no dia 8 de fevereiro em Manaus. A decisão foi proferida no dia 7 de março de 2025 pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, após o avanço da Ação Penal de Competência do Júri nº 0038198-57.2025.8.04.1000, que tramitava na Vara de Inquéritos Policiais.
Com a aceitação da denúncia, o processo segue para a próxima etapa no Tribunal do Júri. A prisão preventiva dos réus foi decretada para garantir a ordem pública e o andamento regular da ação penal.
Prisão preventiva
Ao decretar a prisão preventiva de Bruno e Robson, o juiz Fábio César de Souza atendeu ao pedido da Polícia Civil, que apontou que ambos mentiram nos depoimentos e apresentaram falsas provas. Além disso, o tribunal considerou o fato de que Robson fugiu após ter sua prisão temporária decretada em fevereiro.
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) denunciou que, durante a confusão, Bruno utilizou o gargalo de uma garrafa para atacar as vítimas, enquanto Robson teria auxiliado na ação, desferindo socos nos presentes e dificultando a defesa deles. Após o ataque, ambos fugiram do local.
“Importante ressaltar que os crimes foram praticados por motivo fútil, consistente na briga momentos antes entre os acusados e as vítimas e seus amigos, o que ocasionou a retirada dos mesmos do local”, afirmou o promotor Marcelo Bitarães.
“Além disso, restou comprovado a qualificadora da traição/recurso que dificultou a defesa dos ofendidos, já que o acusado Bruno retirou a camisa que usava no dia e se escondeu entre os veículos parados do outro lado da via, enquanto Robson iniciou uma conversa pacífica com os ofendidos, impedindo que eles fossem embora do local”, completou o promotor.
Agora, com a denúncia aceita e a prisão preventiva decretada, o processo segue para a próxima fase na Justiça. Robson segue sendo procurado pelas autoridades.
O caso

Mohammad Ali Ismail Hamdan Manasrah, de 20 anos, foi morto após ser ferido no pescoço com o gargalo de uma garrafa, na saída de um bar, na madrugada deste sábado (8), no bairro Nossa Senhora das Graças, em Manaus. Ele foi socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu poucas horas depois.
A Polícia Civil investiga o caso. Segundo relatos de amigos, a confusão começou dentro de um bar e, após serem orientados a deixar o local por questões de segurança, a briga continuou na rua, onde Mohammad foi atacado.
A Sociedade Árabe Palestina do Amazonas lamentou a morte de Mohammad, destacando sua bondade, generosidade e dedicação à comunidade e à causa palestina.
Em nota, a Rox Club Lounge lamentou o ocorrido e reforçou que o incidente aconteceu fora de suas dependências, após os envolvidos deixarem o local.
A casa noturna reiterou seu compromisso com a segurança e condenou qualquer ato de violência, além de manifestar suas condolências à família da vítima. A empresa também afirmou estar colaborando com as investigações para que os responsáveis sejam devidamente punidos.
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