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Falas polêmicas

Devendo impostos, Nelson Piquet pede ‘Lula no cemitério’

Empresa de Piquet, a Autotrac Comércio e Comunicações, além de receber contratos sem licitações do governo federal, estaria devendo mais de R$ 6 milhões em impostos

Nelson Piquet atacou o presidente Lula em vídeo

O ex-piloto brasileiro Nelson Piquet, de 70 anos, apareceu em um vídeo, ao lado de um apoiador de Bolsonaro, durante as manifestações golpistas realizadas no dia de Finados (2) em que pede o presidente eleito, Lula, no cemitério. As informações são do Jornal O Estado de São Paulo.

“Vamos botar esse Lula filho de uma p* para fora disso”, diz Piquet no vídeo. Ao fim da gravação, o eleitor de Bolsonaro repete o lema do presidente, “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, e o ex-piloto completa a frase dizendo “E o Lula lá no cemitério, filho de uma p*.”

Piquet, que é tri-campeão mundial de Fórmula I, fez uma doação de R$ 501 mil para a campanha de Bolsonaro.

A informação, registrada Tribunal Superior Eleitoral (TSE), veio a público no fim de agosto, transformando o ex-piloto e empresário no maior doador “pessoa física” do presidente à época.

Empresa devedora

Ainda em agosto, a empresa de Piquet, a Autotrac Comércio e Comunicações, recebeu no início um aditivo de cerca de R$ 6,6 milhões, correspondente a um contrato assinado em 2019, sem licitação, com o Ministério da Agricultura.

De acordo com o Jornal O Estado de São Paulo, o favorecimento veio, apesar de a empresa dever R$ 6,3 mil em impostos.

Acusado de racismo

Recentemente, Nelson Piquet foi flagrado usando um termo racista para se referir a Lewis Hamilton, em um vídeo de 2021 que circulou nas redes sociais e ganhou repercussão somente neste ano.

Na gravação, é possível ouvir o ex-piloto chamando o heptacampeão de “neguinho” ao comentar um acidente envolvendo o inglês e Max Verstappen – namorado de sua filha, Kelly Piquet – durante o Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra.

Na ocasião, Piquet ainda comparou a batida entre os pilotos da Mercedes e da Red Bull com a polêmica colisão de Ayrton Senna e o francês Alain Prost, principal rivalidade da Fórmula 1 no passado.

O caso de Senna ocorreu na largada do GP do Japão, em 1990, que garantiu o título daquele ano ao brasileiro. “O Senna não fez isso. O Senna saiu reto”, comparou.

Em julho, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal recebeu uma ação civil pública contra Piquet pelos comentários racistas e homofóbicos direcionados a Hamilton. O documento foi protocolado por quatro entidades, que pediram uma indenização no valor de R$ 10 milhões ao tricampeão.

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