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Produção de etanol

Pesquisa no AM avalia espécie de mandioca açucarada para produção de etanol

A mandioca açucarada apresenta elevado teor de água em sua composição em relação à mandioca tradicional

Pesquisa sobre mandioca açucarada
Pesquisa sobre mandioca açucarada

Manaus (AM) – A busca por produção de novas fontes de energia atrai cada vez mais pesquisas por parte dos institutos na busca de alternativas .

Para fazer frente à essa demanda a pesquisa “Mandioca açucarada, uma alternativa para a produção de bioetanol no estado do Amazonas”, apoiada pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), pode levar a uma descoberta importante na área.

O estudo visa extrair de forma integral o caldo e as fibras das raízes de mandioca para a produção de etanol. A ideia é investigar a viabilidade da produção de bioetanol através da hidrólise e fermentação das raízes de mandioca açucarada.

De acordo com a pesquisa, ainda em andamento, a produção de bioetanol a partir da biomassa da mandioca açucarada, além de reduzir potencialmente as emissões de CO2 no meio ambiente, contribuirá para fortalecer o crescimento da economia do Amazonas, além de auxiliar o pequeno produtor, que mora no interior do Amazonas.

Pesquisa

Conforme a coordenadora do estudo, doutora em Engenharia de Recursos Naturais da Amazônia, Leiliane do Socorro Sodré, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), serão avaliados os rendimentos dos processos analisados.

“As raízes de mandioca açucarada já foram caracterizadas em relação aos compostos de interesse. Estão sendo avaliadas técnicas como o ultrassom e o uso de vapor para facilitar a quebra das fibras e liberação dos açúcares para posterior fermentação e consequentemente produção de etanol; quanto aos tratamentos citados, os resultados são promissores”, comemora a coordenadora.

Mandioca açucarada

A mandioca açucarada apresenta elevado teor de água em sua composição, em torno de 83 %, já na mandioca tradicional o valor é aproximadamente 60%, característica que facilita a extração do caldo que será usado como substrato no processo fermentativo. Quanto à disponibilidade de açúcares, foi encontrado um teor significativo de glicose no caldo extraído da mandioca açucarada, o que facilita o processo fermentativo.


“O processo de produção de etanol a partir da mandioca açucarada é similar ao da cana-de-açúcar e, mais simples e barato que o etanol produzido com a mandioca convencional, pois dispensa o processo de sacarificação, na qual amido é convertido em glicose. A eliminação desta etapa reduz em torno de 30% o consumo de energia no processo de produção de etanol de mandioca”, acrescentou.

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