Ser pioneiro significa educar e ensinar a comunidade

Há quase 06 anos eu decidi abrir minha clínica veterinária. E eu pensava profundamente em qual seria o meu diferencial, afinal eu não queria ser igual às outras. Com a bagagem que eu já tinha de outro local onde trabalhava como cirurgiã, pude perceber profundamente a diferença entre cães e gatos durante o pré, durante e pós-operatório. Os gatos sofriam absurdamente com a presença e o barulho dos cães. E isso foi decisivo para eu decidir que os gatos mereciam um lugar espetacular para serem atendidos.

Na mesma época eu trouxe para Manaus uma pós-graduação de São Paulo, e o curso que decidi fazer foi de Clínica Médica e Cirúrgica de Felinos. No primeiro dia de aula expressei para meu querido professor Carlos Gabriel o quanto eu gostaria de atender apenas felinos. Ele foi o maior apoiador do meu projeto. Assim, nasceu a Unidade de Saúde Felina em 20/01/2018. Porém, ele não me contou os obstáculos que eu teria nessa nova jornada.

Após poucos meses de funcionamento, percebi que os clientes se quer sabiam o que significava “felino”. Ou seja, não conseguiriam entender de forma fácil todo o contexto que envolvia a saúde de seus animais. Assim começou a saga educacional que eu teria que fazer com público em geral.

Estou contanto isso para contextualizar algo que aconteceu comigo semana passada. Paulo, dono do gatil Zattos, criador de gatos da raça Sphynx, entrou em contato com a clínica para que eu cuidasse de seus gatos. Ele começou há uns 2 anos e tem uma ética e um cuidado incrível com seus animais. Foi um dos primeiros a disponibilizar essa raça em Manaus, e eu me vi nele enquanto conversávamos sobre nossa parceria.

Fazer as coisas corretamente, de forma transparente e idônea, respeitando o processo e trazendo algo novo para o mercado demanda uma energia absurda para fazer dar certo. E é algo que ele está fazendo com excelência. Além de ter trazido uma fêmea de alta qualidade diretamente da Rússia, o Paulo entrega ao cliente o melhor gato possível, com garantia de saúde: vacinado, testado para Fiv/Felv, vermifugado, laudado com cardiologista, castrado, etc. Tudo feito conosco, da USFel, e com a melhor equipe de profissionais da cidade.

Mas esse trabalho também envolve a educação das pessoas sobre a espécie. O Sphynx, em alguns pontos, é diferente no nosso tão amado PCB. Primeiro, e o mais óbvio, é que ele não tem pelo, apenas uma penugem macia. Isso implica em um cuidado maior e mais restrito com a pele do animal, que exige o uso de protetor solar, roupa ou a não exposição ao sol (desejável), pois existe o risco de queimadura e câncer de pele. Além disso, outra particularidade da raça são os banhos mensais com produtos neutros e o uso de lenços umedecidos, pois eles tendem a ter a pele oleosa.

Mesmo que cuidar dessa raça exija um pouco mais de dedicação, todo esforço vale a pena quando você tem um exemplar desse em casa, muitíssimo amoroso e com um ótimo senso de humor. Alguns donos chamam esse felino de “gato papagaio”, isso porque é comum que ele queira se sentar no ombro do tutor. Se você quer conhecer melhor essa raça, procure o gatil Zattos (@sphynxmanaus). Conheci de perto e garanto que temos em Manaus um gatil comprometido com o bem-estar de seus animais.

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