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Dia Internacional contra a LGBTQIAP+fobia: Brasil é o país com mais assassinatos de pessoas trans

Desde 2008, o Brasil tem sido o país que mais reporta assassinatos de pessoas trans no mundo

Em 17 de maio de 1990, há 22 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirava a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID) e somente há quatro anos, retirou a transexualidade da classificação de “distúrbios mentais” do CID.

É por causa desse tipo de preconceito que existem datas como a de hoje: o Dia Internacional do Combate à LGBTQIAP+fobia, um dia marcado pela conscientização e a promoção de ações de combate ao preconceito, discriminação e violência contra LGBTs, que tem aumentado a cada ano no Brasil.

Desde 2008, o Brasil tem sido o país que mais reporta assassinatos de pessoas trans no mundo. Segundo pesquisa Trans Murder Monitoring (TMM), do total de 4.639 assassinatos catalogados entre 2008 e setembro de 2022 em todo mundo, 37,5% ocorreram em território brasileiro.

Quando o assunto é mercado de trabalho, 90% das pessoas trans no país se mantêm por meio da prostituição porque são discriminadas no mercado de trabalho e apenas 0,02% delas têm acesso a uma universidade, conforme a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA).

Psicóloga e especialista em diversidade, equidade e inclusão (DE&I) na Condurú Consultoria, Jenifer Zveiter, acredita que as empresas precisam atuar com ética e profundidade neste tema para além de suas obrigações de respeito aos Direitos Humanos, de inclusão, de prevenção à discriminação.

“As empresas precisam, urgentemente, sair do discurso e partir para a prática quando falamos em diversidade, equidade e inclusão, afinal, muitos locais permanecem no mesmo discurso por muitos anos e apenas no Mês do Orgulho promovem palestras e eventos. É preciso investir em programas, ações contínuas durante o ano inteiro para, de fato, mudar a consciência e cultura das empresas. As pessoas precisam se sentir seguras em ser elas mesmas no mundo corporativo. Enquanto isso não mudar, não vamos conseguir alcançar a questão de gênero nas empresas. Precisamos começar a respeitar, de fato, a individualidade das pessoas. Não adiantar dizer que respeita a diversidade e não respeitar o indivíduo”,

afirma.

*Com informações da assessoria

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