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Operação Fair Play: PF afirma que servidores públicos e aposentados eram alvos de criminosos

Eles captavam os servidores por meio de redes sociais, ligações e visitas em órgãos públicos

Houve coletiva de imprensa pela parte da manhã. Foto: Divulgação

Manaus (AM) – A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (14), a Operação Fair Play, para reprimir crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, contra a economia popular, lavagem de dinheiro e organização criminosa, apurados no período de 2021 a 2022 e que ainda persistem. As vítimas foram servidores da ativa e aposentados das esferas municipal, estadual e federal.

De acordo com a PF, os golpistas prometiam uma suposta rentabilidade fixa que compensava as parcelas dos empréstimos que eram feitos pelas vítimas e repassados aos golpistas.

Ao todo, foram cumpridos, por aproximadamente 55 policiais federais, sete mandados de prisão temporária e 18 ordens judiciais de busca e apreensão nas cidades de Manaus, Boa Vista (RR), Belém (PA) e Natal (RN).

Em Manaus, uma mansão no Residencial Ponta Negra, na Zona Oeste da capital, e uma concessionária de veículos na Djalma Batista foram alvos das buscas. Foram apreendidos três carros de luxo e um iate avaliado em R$ 6 milhões.

“Conseguimos observar ao longo desse quase um ano investigando esse grupo criminoso que o modus operandis era oferecer valores de rendimento sempre maiores que o mercado. Eles vendiam a ideia que não precisava de capital próprio para esse investimento e solicitavam que os servidores procurassem empréstimos consignados. Faziam contratos entre as vítimas e a empresa investigada tentando dar um ar de legalidade, inclusive levando em cartório para ludibriar os servidores”,

destacou o delegado Eduardo Zózimo.

A autoridade policial destacou ainda que os golpistas prometiam bonificações para os servidores que indicassem outros para o esquema. Eles captavam os servidores por meio de redes sociais, ligações e visitas em órgãos públicos.

“Eles tinham um grupo empresarial diversificado, tentavam relacionar o nome da empresa a artistas, patrocinavam eventos na cidade de Manaus para tentar firmar o nome no mercado como uma empresa de credibilidade. Eles movimentaram, em um ano, cerca de R$ 150 milhões. O dinheiro ia para os sócios e para as empresas em uma forma de lavar o capital”,

destacou Zózimo.

Os dois “cabeças” do grupo criminoso já foram identificados pela polícia e são naturais da cidade de São Gonçalo (RJ), com idades entre 24 e 26 anos. Eles ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais.

Operação

O nome da Operação Fair Play faz alusão à conduta ética exigida na prática de esportes, que preza pela atuação em conformidade com as regras estabelecidas.

“A operação policial tem como objetivo revelar a atuação irregular de grupo empresarial no ramo de investimentos financeiros, fornecendo aos órgãos de controle e regulação subsídios para repressão administrativa, cível e penal”, ressaltou a PF.

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